Especialista, que participa da 10ª Convenção ABF do Franchising, mostrou maneiras de inovar em um negócio
Por Mariana IwakuraQuando você pensa em inovação, o que vem primeiro à cabeça? Provavelmente algo que revolucionou uma indústriaou mercado, como os produtos da Apple ou o etanol. A novidade e o impacto desses produtos ou serviços é o que identificamos com a inovação.
Mas, se elevamos tanto os nossos padrões de inovação, podemos ficar cegos para as oportunidades de inovar. É o que diz John Danner, professor da Universidade da Califórnia em Berkeley e especialista em inovação, empreendedorismo e estratégias para empresas iniciantes. “Quando a inovação bate à sua porta, a maioria das empresas resiste a ela. Os empresários querem continuar a fazer negócios como sempre – é o que os levou ao sucesso”, afirma Danner. O professor participou do painel “Inovação em franchising”, durante a 10ª Convenção ABF do Franchising, que acontece até o dia 21, em Praia do Forte, na Bahia.
Para criar um novo olhar para a inovação, Danner propõe um outro método. Primeiro, expandir o contexto: a inovação pode estar fora dos nossos processos, empregados ou linguagem. Pode estar na mente dos clientes, dos fornecedores ou dos concorrentes. Segundo, reconhecer que a inovação é relativa. O que é novo no Brasil pode ser velho no Chile.
E terceiro, começar a inovação internamente: você, executivo, pode ser a faísca que começa a inovação na sua empresa? “Se você não fizer isso, quem o fará? As pessoas da organização vão olhar para cima. Se não virem que você está comprometido, você provavelmente não conseguirá inovar”, afirma Danner.
O professor define inovação como “algo melhor que impulsiona outra coisa que tem importância”. “Melhor” pode ser mais rápido, mais intuitivo; “impulsiona” significa que acelera; “outra coisa” pode ser lucro, crescimento ou qualquer outro tipo de métrica.
Uma franquia é um modelo testado e aprovado – uma maneira de reduzir riscos. Como o franchising pode inovar? “O mercado de franquias é construído sobre a replicação. A meta é haver mais e mais da mesma ideia de negócio. O desafio é a tensão entre essa replicação e o que a inovação requer – a experimentação”, diz Danner.
A dica, afirma o professor, é isolar a inovação em um ambiente, enquanto o resto da empresa se preocupa com a execução. Assim, a inovação pode ser feita, mas sem interferir no dia a dia do negócio enquanto não for testada.
Algumas áreas devem ser objeto de inovação, segundo Danner: o posicionamento (estratégia, marca), as ofertas (produtos, soluções), as operações (processos), o modelo de negócio (valor, sustentabilidade) e as organizações (redes, colaboração). “Se você acha que não há mais o que inovar, comece uma inovação incremental, com pequenas melhoras.” Mais cedo ou mais tarde, diz o professor, você irá expandir isso.
O especialista conclui com algumas sugestões. Não dificulte. Tolere alguma incerteza. Aproveite o acaso ou a sorte. Não mate ideias com um olhar, uma risada ou uma pergunta cética. “Se falhar no começo, espere por isso, aprenda com isso, continue adiante. Mas, acima de tudo, comece.”
Fonte: http://bit.ly/bK8zEI
Mas, se elevamos tanto os nossos padrões de inovação, podemos ficar cegos para as oportunidades de inovar. É o que diz John Danner, professor da Universidade da Califórnia em Berkeley e especialista em inovação, empreendedorismo e estratégias para empresas iniciantes. “Quando a inovação bate à sua porta, a maioria das empresas resiste a ela. Os empresários querem continuar a fazer negócios como sempre – é o que os levou ao sucesso”, afirma Danner. O professor participou do painel “Inovação em franchising”, durante a 10ª Convenção ABF do Franchising, que acontece até o dia 21, em Praia do Forte, na Bahia.
Para criar um novo olhar para a inovação, Danner propõe um outro método. Primeiro, expandir o contexto: a inovação pode estar fora dos nossos processos, empregados ou linguagem. Pode estar na mente dos clientes, dos fornecedores ou dos concorrentes. Segundo, reconhecer que a inovação é relativa. O que é novo no Brasil pode ser velho no Chile.
E terceiro, começar a inovação internamente: você, executivo, pode ser a faísca que começa a inovação na sua empresa? “Se você não fizer isso, quem o fará? As pessoas da organização vão olhar para cima. Se não virem que você está comprometido, você provavelmente não conseguirá inovar”, afirma Danner.
O professor define inovação como “algo melhor que impulsiona outra coisa que tem importância”. “Melhor” pode ser mais rápido, mais intuitivo; “impulsiona” significa que acelera; “outra coisa” pode ser lucro, crescimento ou qualquer outro tipo de métrica.
Uma franquia é um modelo testado e aprovado – uma maneira de reduzir riscos. Como o franchising pode inovar? “O mercado de franquias é construído sobre a replicação. A meta é haver mais e mais da mesma ideia de negócio. O desafio é a tensão entre essa replicação e o que a inovação requer – a experimentação”, diz Danner.
A dica, afirma o professor, é isolar a inovação em um ambiente, enquanto o resto da empresa se preocupa com a execução. Assim, a inovação pode ser feita, mas sem interferir no dia a dia do negócio enquanto não for testada.
Algumas áreas devem ser objeto de inovação, segundo Danner: o posicionamento (estratégia, marca), as ofertas (produtos, soluções), as operações (processos), o modelo de negócio (valor, sustentabilidade) e as organizações (redes, colaboração). “Se você acha que não há mais o que inovar, comece uma inovação incremental, com pequenas melhoras.” Mais cedo ou mais tarde, diz o professor, você irá expandir isso.
O especialista conclui com algumas sugestões. Não dificulte. Tolere alguma incerteza. Aproveite o acaso ou a sorte. Não mate ideias com um olhar, uma risada ou uma pergunta cética. “Se falhar no começo, espere por isso, aprenda com isso, continue adiante. Mas, acima de tudo, comece.”
Fonte: http://bit.ly/bK8zEI
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