Blogs e redes sociais viram negócio na mão de jovem empreendedor

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Marco Gomes: "Quero mudar o mercado de publicidade na internet"

Inserir publicidade em mídias sociais, fazendo a ponte entre o anunciante e os donos de comunidades, blogs e perfis em redes sociais é o serviço oferecido pela Boo-Box, empresa fundada pelo programador Marco Gomes há três anos. Usuários de blogs e redes sociais se registram no site da empresa gratuitamente e concordam com a veiculação de propagandas em seus meios. A agência de publicidade contrata a Boo-Box, que possui mais de nove mil associados, e veicula seus anúncios nessas redes; cabe à Boo Box classificar quais sites são melhores para determinado anunciante e remunerar os donos desses blogs e twitters de acordo com os cliques que a propaganda recebe.

Programador desde os 12 anos de idade, o jovem empresário Marco Gomes criou o projeto que viria a se tornar a Boo-Box em dezembro de 2006. Em fevereiro de 2007, uma crítica positiva no site de empreendedorismo digital TechCrunch, que analisa e referencia empresas que podem ter vida longa na internet, começou a despertar a atenção de investidores para o projeto.

Na época, Gomes trabalhava em uma agência de publicidade em Brasília. Com 20 anos, conquistou o posto de líder técnico de publicidade na empresa em que começou como estagiário e chefiava 14 funcionários. No tempo livre, criou a Boo-Box. Mesmo com um bom emprego e vida estável, ele resolveu largar tudo e vir para São Paulo investir no próprio negócio. “Comprei o risco. Ia fazer isso de qualquer maneira, com ou sem investidor”, lembra.

Tudo deu certo para a empresa, que atraiu mídia e investidores. “Comecei com um investidor aqui de São Paulo e ele me apresentou para o consultor Marcos Tanaka (hoje sócio e CEO da Boo-Box) e ele topou entrar no projeto”, diz Gomes, hoje com 23 anos. Juntos, elaboraram um plano de negócios rapidamente em junho de 2007. Em agosto do mesmo ano, graças a um aporte financeiro de US$ 300 mil da empresa de investimentos Monashees Capital, que foca em mídia digital, fundou oficialmente a Boo-Box e ali atua como diretor de inovação.

Atualmente, quase 30 funcionários trabalham na empresa. São mais de 9 mil publicadores de conteúdo associados, que exibem 500 milhões de anúncios em 200 milhões de espaços, com cerca de 21 milhões de visitantes únicos por mês. A audiência e o número de associados da empresa crescem, em média, 23% ao mês.

Cliente da Boo-Box, o portal Futebol Interior, de Campinas, em São Paulo, é especializado em cobertura jornalística de todos os campeonatos em território nacional. Os sócios do negócio procuraram a empresa para atrair anunciantes e conseguiram, com isso, aumentar a rentabilidade em 80%. Segundo José Carlos Silva, coordenador comercial do Futebol Interior, a Boo-Box permitiu diversificar os anunciantes no site. "Eles nos trouxeram uma gama muito grande de anúncios que eram de interesse dos leitores e não se restringiam ao campo esportivo. Além dessa vantagem, a Boo-Box acaba agilizando o contato com os anunciantes", afirma.

Para Marcelo Lobianco, coordenador do Curso Avançado de Marketing e Comunicação Digital da ESPM, o investimento em marketing na internet é vantajoso para as empresas por ser a única mídia totalmente flexível. “Ali você pode começar investindo R$ 1 e depois aumentar isso em 100 vezes, ou diminuir, e tem o feedback constante do próprio usuário da rede”, diz. Para ele, a possibilidade de acompanhar o que está sendo dito sobre a marca é muito conveniente para corrigir problemas e tomar iniciativas para melhorar a recepção e a venda de determinado produto ou serviço. Segundo ele, o bom da internet é porque ela é “canal, veículo e plataforma de negócios, algo que nenhuma outra mídia combina”.

Segundo Lobianco, em breve, com a chamada web 3.0, o conteúdo de internet será mais direcionado ao usuário. Ou seja, ele entrará em contato com o conteúdo mais adequado ao seu perfil. “Alguns portais ou sites até já fazem isso, ou com a criação de perfil dentro do próprio portal ou então por análise de cookies”, afirma. Isso quer dizer que, eventualmente, só entrará em contato com a pessoa a propaganda que se adequar ao seu perfil. Para ele, muitos ainda não entenderam o potencial da internet para a propaganda: “No Brasil nós ainda temos a cultura de que anúncio rentável é aquele feito em horário nobre, na televisão”. Lobianco garante, contudo, que estamos no caminho para quebrar esse paradigma.

Treinamento em Programação Neurolinguística (PNL).

Treinamento em Programação Neurolinguística (PNL).

Oferecido pela Machado Comunicação e Consultoria.

“Trainer”: Léa Machado

Psicóloga, Hipnoterapeuta e Practitioner pelo Centro Dinâmico de (PNL) MG.

PNL, ciência que proporciona o autoconhecimento e fornece bases para ação.

O treinamento oferece, por meio de técnicas vivenciais, desenvolvimento de hábitos

mentais para um relacionamento intrapessoal positivo, um relacionamento interpessoal de alta qualidade,

além de potencializar recursos internos para o sucesso pessoal e profissional.

Proposta do treinamento: 24 h/a, distribuídas em oito meses:

1º grupo: sempre na última sexta-feira de cada mês, de 14 às 17h, a partir de 30 de abril.

2º grupo: sempre no primeiro sábado de cada mês, de 14 às 17h, a partir de 1º de maio.

Inscrições: até o dia 25/04/2010

Informações e inscrições: 3223 5563, 8666 1455 ou pelo e-mail marketing@agenciapratica.com.br

Rua Paul Bouthilier, 96 – Mangabeiras – BH/MG

Rua Ilacir Pereira Lima, 506 – sl. 104 – Silveira – BH/MG

Investimento: R$ 80,00 por mês.

Obs. Slides e textos serão entregues no decorrer do treinamento.

Mulheres de fibra, mulheres capazes


mulheres_sebraeDurante dois dias acompanhei o encontro de mulheres empreendedoras de vários estados em Brasília, finalistas do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios. Para as 22 escolhidas, 11 na categoria Proprietária de Micro e Pequena Empresa e 11 na categoria Grupos de Produção Formal, estar ali já significava uma imensa conquista, pois passaram por uma seleção feita com 3.060 inscritas! Entre as histórias de coragem e superação no empreendedorismo, chamou a atenção o comprometimento dessas mulheres em perseguir o sonho do próprio negócio. E não é exagero falar que muitas vezes ele se trata de um filho a mais!

Kelly Dantas de Vasconcelos mudou-se para Macapá e encontrou uma escola para crianças de baixa renda em uma casa quase destruída, que alugou e reformou com os próprios recursos. Hoje, a professora é dona da UCRI – Universidade da Criança, com 320 alunos. Lisalba Camargo Rosa, do Espírito Santo, apostou na formação para informática e carregava os computadores de escola em escola para ensinar. Hoje, publica apostilas didáticas sob a marca Microkids. Maria Sofia. R. C. Acioli, que teve seus quatro filhos enquanto cursava a faculdade de medicina em Maceió, arregaçou as mangas e abriu um laboratório de análises clínicas – o primeiro do estado a conseguir a certificação ISO 9001. “Meu maior orgulho foi saber que eu era capaz. Hoje sou apaixonada por gestão, plano estratégico e balanço de qualidade”, relata Sofia, que há 16 anos pilota o laboratório Nabuco Lopes.

As empreendedoras que levaram o ouro são exemplos de motivação. Na categoria grupos formais de produção, Carmita Duarte Medeiros, da Associação das Mulheres Mães Artesãs (AMARTE), do Vale do Jari, no Amapá, pega quatro conduções, entre catraias (um tipo de barco) e ônibus, para chegar à sede do projeto. Ali, para complementar a renda familiar, 35 mulheres trabalham com sementes típicas da região, como o açaí, para montar colares, pulseiras e brincos. A qualidade é tamanha que os produtos são chamados de biojoias. Um prêmio da Petrobrás possibilitou a compra de maquinário e a fundação ORSA ajuda a escoar a produção. Com três filhos criados, Carmita confessa: “É cansativo, mas vale a pena. Ter o reconhecimento do trabalho vale mais do que R$ 10 milhões no bolso”.

Vencedora da categoria Micro e Pequena Empresa, Ivana Lúcia Torres, de Aracaju, foi a primeira enfermeira auditora do estado de Sergipe. Começou auditando contas hospitalares para planos de saúde. Percebeu que os pacientes ficavam muito tempo internados e começou a estudar o conceito de home care, em que os doentes, principalmente idosos, recebem cuidados em casa. Montou a Constat enquanto esperava o quarto filho. Cinco anos depois, com 70 colaboradores e quatro ambulâncias, ela contabiliza vários novos negócios: uma empresa de treinamentos, outra de aluguel de equipamentos e ainda apoio médico a eventos. Tudo iniciado a partir da observação e da visão para os negócios. “Implantei uma administração humana. Na Constat, sinto que não tenho funcionários, tenho colaboradores comprometidos e fiéis”, conta Ivana, que mantém o celular ligado 24 horas e faz visitas a pacientes até na madrugada.

“Este ano observei um amadurecimento das histórias eempreendimentos mais inovadores. Essas mulheres servirão de referência para muitas outras”, comenta Ieda Novais, do conselho da FNQ – Fundação Nacional da Qualidade, parceira do Sebrae e uma das juradas do Prêmio. “A mulher tem jogo de cintura, é multitarefa e tem quociente emocional bem desenvolvido, o que falta é assumir, cada vez mais, que ela é uma mulher de negócios”, conclui Ieda, que leu cada um dos 22 cases e se emocionou. E eles são tão interessantes que pretendo contar alguns mais na próxima semana! Impossível não se encantar com cada relato de vida e com o jeito feminino de empreender.


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