Como faço um planejamento estratégico para 2011?


Você sabe que tem um exercício de planejamento benfeito se todos que trabalham contigo sabem quais são os principais objetivos da empresa para aquele ano

Por Daniel Heise*

“Estou com uma imensa dificuldade para fazer um planejamento estratégico para minha empresa para 2011. Pois 2010 já está no fim, e eu estou ‘perdidaço’, sem saber como montar um planejamento estratégico. Tem alguma ferramenta pronta para isso? Quero muito melhorar o desempenho da minha empresa em 2011. Tenho uma confecção e vendo no atacado.”
Georges Barakat


Georges,

Planejar é essencial, mas o plano em si muitas vezes acaba sendo irrelevante. Explico. Os cenários mudam constantemente e o mercado que imaginamos em dezembro dificilmente é o mesmo em março, quem dirá um ano inteiro depois.
Mesmo tendo a consciência de que a realidade muda mais rápido do que podemos prever, o exercício de planejar é fundamental para o sucesso do negócio. O planejar tira as coisas da cabeça do dono e bota-as no papel ou na parede para que todos possam ver, inclusive ele mesmo. Se deixamos tudo dentro da nossa cabeça, achando que os outros estão pensando a mesma coisa, estamos fadados a desentendimentos e problemas. O planejar acaba sendo umaferramenta essencial para o trabalho em equipe.

Você sabe que tem um exercício de planejamento benfeito se todos que trabalham contigo sabem quais são os principais objetivos da empresa para aquele ano, por que esses objetivos foram escolhidos e quais serão os impactos se eles forem ou não atingidos. Além disso, a empresa se mantém adaptável ao longo do ano para as mudanças que inevitavelmente acontecerão.

Não acredito muito em ferramentas prontas, o importante é a interação entre as pessoas, a descrição dos cenários, dos objetivos e dos projetos que serão buscados ao longo do ano.

Outro exercício que fazemos e eu recomendo fortemente é a criação dos "E se?". Sem julgamentos, restrições ou gozações, os membros da equipe criam cenários totalmente fora do padrão. Exemplo: "E se surgir um novo tecido com propriedades nunca imaginadas (como um material autolimpante) e a demanda por isso explodir?" Ou ainda: "E se o dólar cair para R$1,20 e os tecidos importados ficarem 30% mais baratos?"

A maioria dessas viagens acaba não servindo para muita coisa, mas uma vez ou outra uma ideia aparentemente absurda ou tola, surgida num exercício desses, acaba mudando o rumo de uma empresa e a vida de milhões de pessoas.

* Daniel Heise é empreendedor em série e sócio-fundador do Grupo Direct

Tem dúvidas sobre empreendedorismo? Mande a sua questão para especialistapegn@edglobo.com.br. Daniel Heise responde sobre o tema aqui no site da Pequenas Empresas uma vez por mês. Clique aqui para ver as questões já respondidas por ele

IV Encontros dos Empreendedores Mineiros

Dia 20 de Dezembro de 2010 aconteceu o IV Encontros dos Empreendedores Mineiros. Uma mesa redonda e muita conversa. Decisões para 2011 e várias ideias foram colocadas na mesa.

Muito obrigado a todos que foram e participaram.



10 estratégias para sua empresa atingir o sucesso

Posted: 16 Dec 2010 12:02 PM PST
http://bit.ly/gZeM8V


Seja qual for a sua definição sobre sucesso, existem hábitos comuns entre empreendedores que possuem negócios lucrativos e duradouros. James Stephenson, especialista americano em marketing e gestão, soltou uma lista bem interessante no site da Entrepreneur para ajudar os donos de empresa a prosperar.


Confira:


1) Leve a sério o que você faz: No mundo dos negócios, não dá para ser bem-sucedido se você não acredita no que vende ou nos serviços que presta aos consumidores. A motivação do dono deve ser grande o bastante para contagiar as pessoas. Seja na hora de negociar com fornecedores ou conquistar clientes, é fundamental ter seriedade, garra e saber transmiti-las aos outros.


2) Planejamento: Planejar é importante não só na hora de montar a empresa, como também no dia a dia do negócio. Crie o hábito de escrever relatórios semanais com os dados mais marcantes do período. Isso ajuda a traçar metas, corrigir erros e verificar o que já foi alcançado.


3) Fiquei de olho no fluxo de caixa: Ele é o coração de qualquer empreendimento e o sucesso da sua empresa vai depender se você sabe mantê-lo saudável. O empreendedor nunca pode esquecer de controlar as finanças e garantir que as despesas não ultrapassem os lucros. Embora a premissa seja básica, é bastante comum negócios irem à falência por falta de organização com dinheiro.


4) Foque no consumidor: Você pode ter boas ideias, um marketing agressivo e a equipe afinada, mas não se esqueça de manter o foco nos consumidores. Produtos e serviços devem estar alinhados com a expectativa deles. A busca por qualidade, aperfeiçoamento e preço justo jamais podem ser deixados em segundo plano. Lembre-se que, no final das contas, são os clientes que vão decidir se a sua empresa vai para a glória ou para o buraco.


5) Construa uma imagem positiva e confiável: Ter uma imagem positiva é uma estratégia interessante para aumentar as vendas. As pessoas costumam associar marcas a quem está por trás delas. Quem tem credibilidade, tem o poder de lançar tendências. Para isso, não transmita insegurança, procure manter uma postura assertiva com consumidores, parceiros e funcionários e cumpra suas promessas. Se você prometeu entregar um produto até quarta-feira, por exemplo, não há desculpas para atraso.


6) Aposte em tecnologia: Não é preciso ser obcecado por gadgets, mas tire vantagem dos avanços tecnológicos. Hoje é possível reduzir custos e aumentar a eficiência com serviços de cloud computing, softaware livres e ferramentas online. Só fique atento e escolha as tecnologias que melhor te ajudam e não aquelas que apenas impressionam.


7) Invista no time de funcionários: Investir em funcionários é de extrema importância. A maioria das pessoas gosta de aprender algo novo e elas podem aplicar esse conhecimento na sua empresa. Aposte em treinamentos, cursos e em uma gestão onde a equipe tem liberdade criativa. Colaboradores desmotivados ficam ociosos e facilitam o desperdício de tempo e matéria-prima.


8) Crie uma vantagem competitiva: Defina desde o início quais são os seus pontos fortes em relação à concorrência e invista neles. Para isso, faça a seguinte pergunta: “Por que as pessoas escolheriam meus produtos ou serviços ao invés de optar pelos concorrentes”? Em outras palavras, descubra que aspectos positivos vão o separar de outros competidores. O melhor serviço? O atendimento? A melhor seleção? A garantia de prazos maiores? Preços mais baixos? E por ai vai…


9) Aprenda a negociar: Desenvolva a habilidade da negociação. Você vai precisar dela praticamente todos os dias para conseguir preços mais atraentes, fazer parcerias, buscar empréstimos e até para contratar funcionários. Procure firmar acordos onde os dois lados saem satisfeitos. A chance de serem mais duradouros aumenta.


10) Limite suas atividades: É verdade que muitos empreendedores de sucesso são multifuncionais. Porém, é preciso tomar cuidado para não se sobrecarregar com tarefas simples que podem ser executadas por outros, ao invés de focar em questões importantes. Saber delegar é essencial para quem quer obter resultados em larga escala, além de estimular o surgimento de novas ideias.

E você leitor, que dicas daria para quem quer ter um negócio bem-secedido? Participe!

Dez ideias bizarras – e milionárias – de negócios

Site que promove encontros extraconjugais, travesseiro de milho, óculos para cachorros: esses empreendedores ganharam muito dinheiro com ideias esdrúxulas

Da Redação

A lógica diz que um bom negócio nasce de uma boa idéia. E uma má idéia? Também pode gerar milhões? O site americano Oddee, especializado em reportagens exóticas, selecionou dez negócios esdrúxulos que renderam pelo menos US$ 1 milhão a seus empreendedores. Confira abaixo.


1. Site para promover encontros extraconjugais - http://www.ashleymadison.com
É um site de relacionamentos convencional, com a exceção de aceitar apenas pessoas casadas. Apesar de a traição ser considerada uma coisa negativa, ela foi boa para as finanças de Biderman. Ele diz ter 3,2 milhões de membros, que lhe renderam o primeiro milhão de dólares. Para atrair clientes, ele espalhou outdoors por diversas cidades nos Estados Unidos, com o seguinte slogan: “A vida é curta, tenha um caso”. Por incrível que pareça, o empreendedor é casado e se diz muito feliz na relação.

   Divulgação
Especialista em limpeza da Pet Butler


2. Empresa especializada em de limpeza de cocô de cachorro -http://www.petbutler.com/pbx/
Criada em 1987 por Matthew Osborn, a Pet Butler é considerada a pioneira no serviço nos Estados Unidos. À época, Osborn trabalhava em dois empregos e quase não ganhava o suficiente para sustentar sua família. Foi quando ele descobriu que havia cerca de 100 mil cachorros num raio de 25 quilômetros da sua casa. O trabalho é sujo, mas Osborn disse que gosta de trabalhar em contato com a natureza.

   Divulgação
Fraser Doherty, da Super Jam


3. O adolescente que ganhou milhões com a receita de geléia de sua avó -www.superjam.co.uk
O escocês Fraser Doherty já foi até personagem de reportagem da prestigiosa revista de negócios Fortune. Aos 14 anos, começou a fabricar geleias em sua cozinha, usando as receitas de sua avó. Aos 16, abandonou os estudos para se dedicar exclusivamente às geleias. Atualmente, é o presidente da empresa, a Super Jam. A empresa tem cerca de 10% do mercado britânico e vende 500 mil potes por ano. Sua fortuna pessoal é de aproximadamente US$ 1,2 milhão.

Editora Globo
Dois modelos do "doggles"


4. A empresa que fez fortuna produzindo óculos escuros para cachorros - http://doggles.com/
A ideia pode parecer absurda, mas a empresa realmente encontrou um público para seus produtos. E a linha, que começou apenas com óculos escuros, se expandiu e hoje também conta com mochilas, bonés, camisetas, brinquedos e até colete salva-vidas. Tudo para cachorro.

   Divulgação
A versão de plástico dos ossinhos da sorte


5. A milionária fábrica de ossos de galinha de plástico -http://www.luckybreakwishbone.com
Sabe aquele ossinho de galinha em formato de V, que duas pessoas quebram disputando quem fica com o pedaço maior? Pois então, o americano Ken Ahoroni teve a brilhante ideia de montar uma fábrica para produzir os ossinhos em plástico. Tudo começou em um jantar do Dia de Ação de Graças, um tradicional feriado nos EUA. Segundo a tradição, nesse feriado, as pessoas devem quebrar os ossinhos e fazerem um pedido. Na ocasião, Ahoroni ficou frustrado porque apenas duas pessoas puderam fazer a brincadeira. Foi quando ele teve a idéia que iria torná-lo milionário. Hoje ele produz cerca de 30 mil ossinhos da sorte por dia, e as vendas giram em torno de US$ 2,5 milhões por ano.

6. O travesseiro de milho que pode ser aquecido no micro-ondas -http://www.wuvit.com/
A dona de casa americana Kim Levine teve uma ideia: se ela envolvesse um pouco de milho em um pedaço de pano, selasse e colocasse para esquentar no microondas, ela teria uma almofada de calor. Kim começou a produzir a almofada para presentear os amigos. O interesse começou a crescer e ela percebeu que tinha criado um negócio. Ela chamou sua almofadinha de Wuvit e começou a fabricá-la em diferentes tamanhos e formatos. Kim fez tanto sucesso que até escreveu um livro sobre sua história de empreendedorismo.

7. O sujeito que vendeu pixels de sua home page por US$ 1 milhão -http://www.milliondollarhomepage.com/
O britânico Alex Tew ficou mundialmente famoso em 2005, aos 21 anos, quando lançou a Home Page de US$ 1 milhão. Ele montou uma home page com um milhão de pixels e vendeu cada um por US$ 1. A idéia chamou tanta atenção da imprensa que não faltaram interessados. Em poucos meses, Tew arrecadou US$ 1.037.100.

8. A empresa que providencia cartas de desculpas para faltar ao trabalho -http://myexcusedabsence.com
Se você precisa de uma desculpa para faltar ao trabalho, procure a The Excused Absence Network (Rede da Ausência Justificada, em tradução livre). A empresa é especializada em fornecer diversos tipos de justificativa para aquela cabulada no trabalho. Cada uma sai por US$ 25. As desculpas variam de atestados médicos a programas de serviços funerários. O fundador começou a empresa com US$ 300 e um laptop. Atualmente, atende a 15 mil pedidos por mês.

9. Os monges que vendem cartuchos de impressora - http://lasermonks.com/
Quando o padre Bernard McCoy estava com dificuldades de encontrar cartuchos de impressora com preços razoáveis, ele teve a ideia de fabricar seus próprios cartuchos. Ele e os outros membros de seu monastério criaram então a Laser Monks, que vende cartuchos e outros artigos de escritório com grandes descontos. Hoje eles atendem a 300 pedidos por dia e faturam mais de US$ 3 milhões.

10. A garota que fez fortuna criando layouts para o My Space - http://www.whateverlife.com/
Quando tinha 14 anos, a americana Ashley Qualls criou o site WhateverLife, em que oferecia layouts para a rede social MySpace, além de tutoriais para programas de computador. Aos 17 anos, ela largou a escola e ganhou seu primeiro milhão. Hoje, aos 19, Ashley fatura aproximadamente US$ 70 mil por mês, e seu site recebe sete milhões de visitas mensais.

Mulheres empreendedoras contam suas experiências em blog

Participantes do programa 10.000 Women, as sete empresárias falam sobre seus negócios e o que têm aprendido no curso

Da redação
O site da Pequenas Empresas & Grandes Negócios retoma hoje (13/12) a atualização do blog Mulheres Empreendedoras, escrito por sete empresárias que participam do programa 10.000 Women, do Goldman Sachs em parceria com a Fundação Dom Cabral. O projeto, que é gratuito, visa desenvolver o talento empreendedor, a capacidade administrativa e a educação gerencial de mulheres que vivem em mercados emergentes e que não teriam acesso a essa oportunidade. Mais informações sobre o programa em http://www.fdc.org.br/10000women.

No blog, as sete empreendedoras, alunas da segunda turma do programa, contarão diariamente sobre seus negócios e o que têm aprendido durante o curso. Confira aqui o blog e, abaixo, os perfis das empresárias.

Flávia Maria Ferreira dos Anjos, 30 anos, tem uma loja de presentes e artigos para casa chamada Suplá, em Nova Lima (MG). É nutricionista e tem também uma consultoria

Izabel Cristina de Oliveira, 46 anos, graduada em psicologia, é dona de uma casa de empadas e salgados em Belo Horizonte (MG). Seu projeto é colocar no mercado os congelados da Empada Mineira

Albertina Borges Margarida, 49 anos, começou seu primeiro salão de beleza em casa. Especializou-se em penteados afro e montou o salão Beleza Negra, em Belo Horizonte (MG)

Karine Muniz da Mota, 39 anos, foi assistente de vendas e corretora de imóveis antes de se tornar proprietária da Lavigne, fabricante de pias, tanques e lavatórios de Belo Horizonte (MG)

Cristiane de Sousa Paula, 33 anos, é fonoaudióloga. Tem, junto com sua mãe, uma loja de pijamas e vestuário chamada Mania de Dormir, em Betim (MG)

Rosani Aparecida de Souza Lopes, 41 anos, lidera a Búfalo Ferramentas, empresa familiar que fabrica garfos agrícolas em Sete Lagoas (MG). É formada em administração de empresas

Daniela Soares Santos, 31 anos, advogada de formação, montou uma consultoria chamada Z Lar, que presta serviços de reparos e organização domiciliar em Belo Horizonte (MG)

COMO ELABORAR UM PLANO DE NEGÓCIO

Olá pessoal,

Coloco o link para baixar um modelo de Plano de Negócio disponibilizado pelo SEBRAE.

Modelo Plano de Negócios http://bit.ly/8XcRuu

Grande abraço

Bruno Grossi

Plano de Negócios

Plano de negócio é um documento com o objetivo de estruturar as principais idéias e opções que o empreendedor analisará para decidir quanto à viabilidade da empresa a ser criada.

Um projeto ou empreendimento pessoal ou corporativo pode ser estruturado e administrado de diversas maneiras, mas se você pretende buscar capital ou recursos com investidores, bancos incubadoras ou outros órgãos de fomento, ou se pretende convencer outros parceiros a investir na sua idéia, colocar na ponta do lápis o seu plano de negócios passa a ser fundamental.


Existem muitos conceitos de planos de negócios, cada um em seu próprio contexto. No âmbito deste artigo, vamos considerar que o Plano de Negócios é um documento que agrega e sistematiza informação prática e atualizada para a concretização de um projeto e para a previsão e solução de seus problemas.

Como documento em si, o plano de negócios não é dos mais complexos, e existem inúmeros modelos prontos na Internet, embora eles resolvam só a parte mais fácil do problema. Se o que você busca é um guia pronto para fazer download e preencher, verifique este Modelo de Plano de Negócios publicado pela PUC RS, este Modelo de Plano de Negócios disponibilizado pela revista Info, ou ainda o Modelo de plano de negócios simplificado, da fundação Softex.

Para apoiar algum eventual trabalho acadêmico, veja também este exemplo de plano de negócios (também em cópia local) disponibilizado pela UniRIO – é o plano para a “Formação de uma Rede de Intermediação de Negócios do Pequeno e Médio Varejo, através do Modelo de Leilão Reverso Via Internet, com Retorno Projetado de 86% a.a.”.

Mas ter modelos e exemplos disponíveis para download não quer dizer que é fácil fazer um plano de negócios. Pelo contrário: um bom plano de negócios mistura informações sobre os processos do negócio em si (características, partes envolvidas, oportunidades, ameaças, pontos fortes e fracos), previsões e projeções financeiras, análise do negócio, do mercado, fornecedores, concorrentes, parceiros, previsão do fluxo de caixa, necessidades de capital… Em resumo: dados, dados, dados! Você precisa obtê-los de forma atualizada e suficientemente precisa, caso contrário o seu plano de negócios pouco valerá. E é sobre isso que trataremos a seguir.

Como fazer um plano de negócios

Lembre-se de que trata-se de um documento vivo, e não de um árido demonstrativo contábil ou legal. E que uma de suas principais finalidades é convencer (a equipe, os investidores, o banco, os fornecedores, ou até mesmo os clientes potenciais) de que o seu negócio é viável e pode ser vantajoso a eles.

Portanto, ao criar o seu plano de negócios, coloque o foco nestes importantes leitores, e lembre-se de incluir, de forma simples e fácil de encontrar, as respostas às principais dúvidas deles. Se você não sabe quais são, eis algumas sugestões:

  • Sobre o negócio em si: o que é o negócio (em uma frase!), quais produtos e serviços serão oferecidos, quais as razões que levam a crer que será atingido o sucesso, quais são as oportunidades (já existentes ou que serão criadas) que você percebe e pretende explorar.
  • Sobre a administração: quem administrará o seu negócio? que experiência e formação essas pessoas têm? que qualificações busca para a equipe? quantos empregados precisará, quais suas atividades e remuneração? onde eles trabalharão? qual será a estrutura organizacional? qual a missão e a visão?
  • Sobre o mercado: quantos ou quem são os clientes potenciais, onde eles estão, alguns exemplos específicos, como você os atrairá, por que eles escolherão você e não o concorrente, quem serão seus parceiros e fornecedores, quem são os concorrentes, quais os fatores do sucesso atual destes concorrentes, qual o seu diferencial competitivo, qual o seu nicho, qual a sua delimitação geográfica, como você vai promover e divulgar seu negócio, como vai distribuir seu produto.
  • Sobre economia e finanças: fontes do capital, projeção de faturamento, investimentos e despesas para os 2 primeiros anos (trimestral), projeção de fluxo de caixa mensal para o primeiro ano, volume de negócios necessário para alcançar o ponto de equilíbrio ou o resultado operacional positivo e em quanto tempo você espera alcançá-lo, quais as condições para começar a vender e faturar, e quando você espera alcançá-las, valor do capital imobilizado em instalações e equipamentos, lista de fontes financeiras potenciais, garantias de empréstimo.
  • Mapas: estado atual, cronograma previsto, dificuldades esperadas, suas soluções e condições.

A dificuldade principal é conseqüência da natureza dos planos de negócio: eles tratam de idéias ainda não realizadas, e assim não podem (de modo geral) se basear em históricos ou em estatśiticas próprias para realizar sua previsão. O grande desafio é conseguir obter dados de organizações semelhantes, ou extrapolar a partir de outros dados, de maneira consistente, objetiva e, principalmente, convincente.

Atenção para o que ficar de fora. Na faculdade, quando me ensinaram pela primeira vez (e superficialmente, claro) a avaliar planos de negócios para análise de investimentos, o professor dizia: “Lembrem-se de encontrar as perguntas cujas respostas ficaram de fora!”. O exemplo dele era simples, mas bem claro: se o plano de negócios é sobre abrir uma pizzaria no litoral, um bom plano vai esclarecer o que vai acontecer com ela quando a temporada de verão acabar, e como ela vai fazer para durar até a próxima temporada. Se vai demitir os garçons e a cozinha, para depois recontratá-los, os custos adicionais com os encargos e Custo Brasil do processo como um todo estarão considerados, junto com a manutenção do imóvel e custos fixos durante o período de inverno. E a ausência deles é o indício de um mau plano – como podem atestar inúmeros donos de empreendimentos de verão que terminam fevereiro com saldo positivo enorme, e em abril descobrem que na verdade estão falidos!

Capriche no resumo executivo. Ele é uma das últimas partes a concluir, mas deve estar bem no início do documento. Muitas pessoas lerão apenas o resumo, e avaliarão por ele se o seu negócio vale ou não a busca de maiores detalhes. Conquiste o leitor em cada linha do seu resumo! Fale nele sobre os objetivos, as razões de sucesso, e apresente os números principais, sem exagerar na densidade das informações.

O plano de negócios não é só para os outros. O processo de construção de um bom plano de negócios é uma forma segura de o empreendedor conhecer os aspectos essenciais que podem levar ao sucesso ou ao fracasso da sua idéia. Ele não descreve apenas os objetivos do negócio, mas também quais serão os passos para a sua realização, e do que eles dependem.

Assim, fazer um plano de negócios bem feito irá obrigar o empreendedor e seus sócios a organizar as idéias sobre a viabilidade de seu negócio, levando-os ao processo de discussão e reflexão da preparação de um documento com o qual todos concordem, trazendo todas as informações essenciais para o sucesso da idéia. Portanto, ele acaba substituindo por números e argumentos as opiniões iniciais, motivadas principalmente pela própria convicção dos empreendedores.

Para saber mais: além dos guias do SEBRAE e entidades públicas, que você encontra gratuitamente na Internet (ou com uma visita ao SEBRAE, que em geral vale muito a pena), recomendo muito a leitura do livro A Arte do Começo: o Guia Definitivo para Iniciar o Seu Projeto, de Guy Kawasaki. Ele é investidor de risco, ganha a vida avaliando os planos de negócios dos mais variados empreendimentos, e resolveu escrever um livro sobre como dar forma à sua idéia – de modo que ele mesmo possa estar disposto a investir nela. A tradução para o português é bem feita, o livro é fácil de ler, um verdadeiro achado.

Fonte: http://bit.ly/1J8GQd

Empreendedor mirim de 16 anos faz seu primeiro milhão de dólar com sua primeira empresa

Inspirado na Apple de Steve Jobs, Christian Owens abriu seu primeiro negócio aos 14. Dois anos depois o empreendimento já faturou US$ 1 milhão

Da redação

O adolescente britânico Christian Owens ganhou seu primeiro computador aos sete anos de idade. Três anos depois, foi a vez de um Mac, da Apple, chegar ao seu quarto. Foi aí que ele começou a acreditar que poderia ser umempreendedor da web. Em 2008, aos 14 anos, Owens começou a empreender com sua primeira empresa: um site bastante simples chamado Mac Bundle Box. A página vende pacotes de aplicativos do Mac OS X com desconto por um tempo limitado. O valor do primeiro pacote – negociado com os desenvolvedores dos aplicativos - ficou em US$ 400, mas Owens vendeu o kit por um décimo desse valor. E não foi só isso. Se um número mínimo de pessoas comprasse o tal pacote, um novo aplicativo seria desbloqueado para todos os compradores, o que garantiu um belo boca-a-boca para a promoção. E, para completar, Owens doou parte das vendas para caridade.

A ideia do jovem empreendedor deu certo. Muito certo, na verdade. Nos dois primeiros anos de vida, o Mac Bundle Box faturou US$ 1 milhão.

Mas o sucesso do primeiro negócio não fez Owens parar de empreender. Ele criou um novo empreendimento chamado Branchr, uma companhia que distribui 300 milhões de anúncios por mês em mais de 17.500 sites, iPhones e sistemas operacionais para celulares Android e ganha por cada clique dado em uma dessas propagandas. A empresa faturou US$ 800 mil em seu primeiro ano de vida e emprega oito adultos, incluindo a mãe de Owens, Alison. O segredo do sucesso? “Não há segredo”, diz ele. “Não há fórmula mágica, trata-se apenas de trabalho duro e determinação.”

Quando questionado onde estará em dez anos, o empreendedor mirim não sabe dizer, mas tem na ponta da língua que quer faturar 100 milhões de libras com sua nova empresa, a Branchr. Será que ele vai conseguir? Parece estar no caminho certo.

Não deixe que o estresse do final do ano acabe com seu negócio

Ao mesmo tempo em que o final do ano é uma época de alegria edescontração – com família, amigos, presentes, viagens e festas –, ela também significa muita correria. Aqui na redação, por exemplo, a meta é dar conta de tudo antes que as fontes e empresas fiquem inacessíveis (em razão das pausas para Natal e Ano Novo). Qualquer empresário, principalmente os que estão à frente de negócios em início de operação, lidam com isso o tempo todo. Assim, nos últimos messes do ano, eles devem aprender a relaxar um pouco, para que o desespero não prejudique o andamento da empresa. Como a maioria deles atua em cargos de presidência ou diretoria, o comportamento e o nível de estresse acabam afetando diretamente o trabalho dos demais funcionários – mais um motivo razoável para cuidar desse nervosismo todo.

De olho nessa questão, a revista Inc. publicou dicas para atenuar a situação – sem folhas de arruda, três pulinhos ou sal grosso. São dicas simples, que já fazem parte do dia a dia do empresário - porém são precariamente aproveitadas.

Sono: dormir significa processar tudo que aconteceu durante o dia. Até mesmo um cochilo de 15 minutos reinicia a queima de neurônios, permitindo, assim, que o cérebro tome melhores decisões e reaja mais adequadamente às situações estressantes. Se você dormir apenas 6 horas por noite, durante quatro dias, seu corpo sentirá um efeito semelhante ao do consumo de um engradado de cerveja. Geralmente adultos precisam dormir entre sete e nove horas por noite. Por isso tudo, a qualidade do seu dia é importante para a qualidade do seu sono.

Pensar positivo: sei que é fácil falar e difícil executar, mas tente enxergar tudo a sua volta com menos carga de estresse ou pessimismo. Em situações de derrota ou rejeição, pense nelas como uma etapa para alcançar resultados mais positivos. Essa é a teoria do “happy loser”, que você já viu aqui no blog.

Sonhar acordado: é uma maneira de treinar a criatividade. Quando nosso nível de estresse está baixo, nossa mente consegue acessar locais do nosso cérebro que não estão “disponíveis” quando estamos estressados. Uma boa dica para conseguir isso é ficar sozinho em algum local, com a porta fechada, com tudo que for eletrônico desligado e simplesmente deixar a mente vagar. Quem sabe um insight desse momento não rende uma bolada de lucros para sua empresa.

Sorrir: já ouvi falar que rugas em volta dos olhos significam uma vida com muitas risadas e sorrisos (em razão dos movimentos que o rosto faz nessas expressões). Sorrir é uma das maneiras mais rápidas para atenuar o estresse, porque permite que o cérebro aprenda e pense em coisas novas. Por isso, no pico do nervosismo e pressão, leia uma piada, assista a um vídeo divertido no YouTube ou simplesmente lembre de uma situação digna de muitas gargalhadas.


Andressa Trindade
Andressa Trindade

Funcionários, informalidade e suas consequências

Continuando um pouco o tema abordado no último post, preciso confessar que não resistimos à tentação. Uns meses atrás, apareceu um profissional pedindo emprego. Tratava-se, aparentemente, de alguém que conhecia a linha de produção de uma padaria.

Considerando que a mão de obra nesse setor é escassa, acabamos o contratando. O funcionário não trouxe a documentação nos primeiros dias, mas insistimos, dizendo que não trabalhávamos com informalidade.

Enfim, passaram-se vinte dias – prestem atenção nesse prazo, que logo explico -, dei um ultimato, mas ele não trouxe a carteira e pediu para ir embora. Concordamos e procedemos com os trâmites de rescisão, acreditando que todo o drama tinha terminado aí.

Para a nossa surpresa, recebemos na semana passada uma intimação da justiça com uma reclamação trabalhista feita por esse mesmo funcionário. Na ação ele pede o registro na carteira, horas extras e intervalos das refeições. Seu salário era de R$ 727, o piso da categoria, mas o pedido na ação é de R$ 16.000 – exatamente essa quantidade de zeros que vocês estão vendo, por apenas vinte dias de trabalho.

O que temos? Apenas um recibo de acerto dos dias trabalhados. Entendemos que foi um vacilo e vamos tentar mostrar nossa boa fé, mas sabemos também que às vezes isso não é o suficiente com a justiça trabalhista.

Fica aqui um alerta para todos aqueles que brincam com a informalidade.

Prometo compartilhar com vocês o retorno da audiência, que está marcada para o mês que vem.

Um forte abraço e até a próxima.

Fonte: http://bit.ly/ia87bE

Organize o seu local de trabalho

Shutterstock
Quanto maior o número de coisas que eu faço, mais “concorrida” fica a minha mesa. São revistas, livros, papéis, correspondências, canetas, calendário. Ai de quem tirar do lugar os papeizinhos em que eu anoto o que eu preciso lembrar e fazer. Imagino que, com empreendedores, a situação seja parecida – ou pior, já que eles têm de organizar a gestão da empresa e acumular funções que poderiam muito bem ser distribuídas entre uma equipe inteira.

Pensando nessa necessidade de organização, a revista Inc. fez um pequeno guia para ajudar o empreendedor a colocar ordem no seu espaço de trabalho e aumentar a produtividade. Confira algumas das dicas.

1. Papel. A maneira como você nomeia seus arquivos pode melhorar muito a organização de seus documentos físicos e digitais. A recomendação é dar nomes que indiquem qual é a versão do documento (se é um rascunho, por exemplo). Esses nomes também devem ser mantidos em todas as versões do documento. Deixar a data visível também é benéfico.

2. Material. No afã de começar a organização, muitos vão direto à papelaria para adquirir mais pastas, grampeadores, caixas etc., sem ver o que é realmente necessário. Antes de fazer isso, reúna o que você já tem e determine a importância de cada objeto na sua organização.

3. Documentos eletrônicos. É impossível manter um escritório totalmente digital, sem papel. Mas é possível diminuir a quantidade de papéis no seu local de trabalho, mantendo a maior quantidade possível de documentos no computador.

4. Espaço. Uma maneira de ordenar objetos é definir locais por áreas da empresa. Por exemplo: os documentos e objetos da área de finanças ficam em um canto; os de vendas, em outro. Se você nota que não tem ido muito ao canto de finanças, pode ser que esteja negligenciando essa área da sua empresa.

5. Gestão do tempo. Um truque útil para gerenciar o tempo é distinguir os eventos das tarefas do dia a dia. Um evento precisa acontecer em um momento específico, enquanto as tarefas cotidianas, como o retorno de uma ligação, podem ser resolvidas de maneira mais flexível.

6. Verifique as fontes de bagunça. Algumas pessoas têm muitos papéis e coisas no escritório, mas conseguem encontrar o que precisam em um instante. Mas, se você está perdido em muitos papéis, é bom organizar – pelo menos um pouco – da bagunça. Uma boa maneira de fazer isso é transformar cada papel em um item de ação na sua agenda. Por exemplo: se você coletou uma pilha de cartões de visita depois de um evento, transforme-a em uma lista de pessoas com quem você deve fazer contato.

Fonte: http://bit.ly/hmB5Om

P: Como prever se uma ideia de negócio vai mesmo dar certo? R: Aposte no que você sabe fazer, e não em pesquisas de mercado


Em vez da causa, tenha em vista o efeito antes de abrir a sua empresa. É esse o mote da teoria do "effectuation", onde um detalhado plano de negócios pode perder importância para as reais habilidades e contatos do empreendedor

Por Patrícia Machado

Qual o denominador comum entre empreendedores de sucesso? Para responder a essa pergunta e descobrir a melhor maneira de abrir uma empresa, a professora Saras Sarasvathy percorreu 17 estados americanos durante anos a fio. Seu objetivo era conhecer empresários que tinham faturamento mínimo de US$ 200 milhões e máximo de US$ 6,5 bilhões - ou seja, todos já haviam conquistado resultados consistentes. As respostas confirmaram suas suspeitas: todos eles, sem exceção, agiam de forma intuitiva, sem se preocupar com pesquisas de mercado ou detalhados planos de negócio. Nascia aí a teoria do effectuation - ou abordagem efetiva, tema da palestra que vai ministrar neste mês em Águas de São Pedro, interior de São Paulo, durante a Rodada de Educação Empreendedora Brasil, evento promovido pelo Instituto Empreender Endeavor e o Sebrae.

SARAS SARASVATHY
QUEM É: especialista em empreendedorismo
e Ph.D. em Sistemas de Informação pela
Universidade Carnegie Mellon, nos Estados Unidos

O QUE FAZ: é professora da Universidade de
Virgínia Darden School of Business e autora
do livro Effectuation: Elements of Entrepreneurial Expertise


O que significa, de fato, effectuation?
O effectuation, ou abordagem efetiva, nada mais é que um processo dinâmico e criativo que tem por objetivo o desenvolvimento de novas ideias em um ambiente empreendedor sem a necessidade de um plano de negócios.

A sra. poderia explicar melhor?
É um processo de autoconhecimento que começa com três perguntas básicas: quem eu sou?, o que sei fazer? e quem eu conheço? São questões simples, mas, se respondidas honestamente, trarão à tona uma complexidade muito rica e útil para o empreendedor.

Conheça a si mesmo e saberá qual é o seu negócio?
O processo de busca dessas respostas não vale apenas para o momento que precede a abertura de um negócio. É permanente. Deve-se voltar a elas a cada nova decisão. Na abordagem efetiva, a formação de alianças, por exemplo, jamais pode ser feita valendo-se da persuasão. A tática é apenas apresentar a ideia e deixar que os parceiros venham até você.

Esse modo passivo não pode ser arriscado demais para o futuro do negócio?
Diferentemente da abordagem causal, o empreendedor que trabalha com a abordagem efetiva não prevê o futuro. Ele sabe que o amanhã é determinado por suas próprias ações. Apostar em um negócio baseado naquilo que você sabe fazer traz segurança ao desenvolvimento do projeto e certo controle do futuro.

Como assim?
A segurança sobre o que pode vir a acontecer com o negócio deriva de conhecimento. É muito melhor apostar naquilo que você sabe fazer a se aventurar em um negócio só porque pesquisas de mercado mostraram que se trata de um ramo promissor. Tudo o que é desconhecido se traduz em risco.

Essa abordagem diminui riscos?
Sim. Na abordagem efetiva, o risco fica sob controle porque o empreendedor já soube antes o que está em jogo. Ele já refletiu sobre quanto dinheiro tem para investir e também quanto pode perder. Ele calcula a perda de modo que o impacto do fracasso, caso ocorra, seja bem menos nefasto para a sua vida.

A sra. poderia dar um exemplo?
Imagine que você é mãe, sabe cozinhar muito bem e é capaz de ajudar as pessoas ao seu redor quando prepara e oferece pratos saborosos. Nesse contexto, vai ser mais seguro para você abrir um restaurante do que uma empresa de tecnologia.

Mas isso não é óbvio?
Parece óbvio. Mas não é. As pessoas demoram para descobrir seus verdadeiros talentos.

O que a sra. diria sobre os casos de empreendedores que conquistaram sucesso seguindo um plano de negócios benfeito?
Eu jamais diria para um empreendedor abandonar um plano de negócios ou trocá-lo pela abordagem efetiva. Não se deve desistir de um método que esteja gerando resultados positivos. A abordagem efetiva pode muito bem ser aplicada em paralelo às tradicionais formas de planejamento. A depender do caso, podem ser até mesmo complementares.

Não se trata então de uma escolha?
Não, embora o effectuation tenha uma abordagem que vai na contramão do planejamento ensinado e defendido pelas tradicionais escolas de negócio de todo o mundo, o que defendemos é que para ser um empreendedor não é imperativo pensar em ações de marketing, público-alvo e maneiras de maximizar lucros. O foco deve estar no próprio empreendedor e não em um empreendimento que vai nascer ou já existe. Tudo deriva de quem está por trás do negócio, de quem essa pessoa é, de seus ideais, ações e relações. Todos nós temos um instinto empreendedor, uma intuição para os negócios e essa qualidade deve ser afinada, aperfeiçoada ao longo da vida.

E a capacidade de formar equipes?
Sim, isso é fundamental. É um grande talento formar e saber trabalhar em equipe. As pessoas que você conhece e envolve no negócio são essenciais para o seu crescimento. Mas todos os envolvidos devem estar dispostos a contribuir com conselhos e ideias. O erro está em determinar antes o perfil de futuros colaboradores, assim como se faz com o dos clientes. Esse pode ser o motivo do fracasso de muitos projetos.

A abordagem efetiva vale apenas para start- ups ou serve também para empresas que já cresceram?

Quando uma empresa cresce, os riscos também crescem. Por isso, a abordagem efetiva vale para todos os momentos. Sempre digo que uma empresa, assim como uma pessoa, deve lembrar-se permanentemente das suas raízes, dos seus primeiros dias de vida, de como tudo começou.

Fonte: http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI176130-17172,00-P%20COMO%20PREVER%20SE%20UMA%20IDEIA%20DE%20NEGOCIO%20VAI%20MESMO%20DAR%20CERTOBRR%20APOSTE%20NO%20QUE%20.html

O papel de um centro de empreendedorismo

Como funcionam e em que se concentram as instituições que visam a estimular o empreendedorismo dentro de universidades

Por Marcos Hashimoto*
Divulgação

Como muitos sabem, além de dar aulas, também coordeno o Centro de Empreendedorismo do Insper – Instituto de Ensino e Pesquisa, em São Paulo, desde 2006. Nessa posição, tenho procurado ampliar minha rede de contatos com outros coordenadores de centros de empreendedorismo, sobretudo aqueles estabelecidos em instituições de ensino superior, para refinar e adequar uma missão pertinente e relevante do nosso centro. Tenho o orgulho de afirmar que conheço quase todos os centros no Brasil e posso, com certa segurança, traçar um perfil dessas entidades.

Resolvi escrever sobre este assunto agora porque recentemente participei do encontro anual de centros de empreendedorismo, o GCEC (Global Consortium of Entrepreneurship Centers) que aconteceu entre os dias 21 e 23 de outubro na Universidade da Pennsylvania nos Estados Unidos (http://www.nationalconsortium.org/prot/conference.cfm). O encontro me propiciou uma visão única de comparação das práticas de nossos centros com os de outros países.
Foram 18 países representados por mais de 200 faculdades, a maioria escolas de negócios e administração. Além de cinco sessões plenárias, 25 sessões paralelas, divididas em cinco temas, contaram com apresentações das escolas sobre suas melhores práticas:

- Tema 1: Desenvolvimento dos centros
- Tema 2: Iniciativas conduzidas por alunos
- Tema 3: Empreendedorismo e tecnologia
- Tema 4: Educação empreendedora
- Tema 5: Impacto dos programas de empreendedorismo

Fui convidado a apresentar as nossas atividades no Insper em quatro dessas sessões, ressaltando o grande interesse dos participantes em conhecer iniciativas de outros países, sobretudo representantes de mercados emergentes como o Brasil. A seguir, relato alguns de outros pontos importantes discutidos no evento.

- Embora o público-alvo desses centros seja formado pelos alunos, principalmente da graduação, existe um senso comum de que os centros devem fortalecer seu compromisso para o desenvolvimento da comunidade local por meio da iniciativa empreendedora. A Kent State University, por exemplo, apresentou o Entrepreneurship Education Consortium, que reúne nove universidades da região do nordeste de Ohio, como uma forma de juntar forças para retomar o ciclo econômico pós-crise. Muitos destes desafios dizem respeito a procurar manter os jovens na região por meio de perspectivas empreendedoras, uma vez que a maioria deles se sente atraída para trabalhar em grandes metrópoles, na busca de uma carreira executiva.

- Assim como no Brasil, muitas escolas demonstraram um crescente interesse em estreitar as relações entre escolas de negócio e outras áreas como ciências ou tecnologia, pois é por meio delas que surgem novos negócios baseados em inovações tecnológicas, aumentando assim o potencial de gerar impacto positivo na economia, na forma de rápido crescimento e atendimento de necessidades emergentes. Por esse motivo, o tema “incubadoras”, tão comum nos centros brasileiros, não foi assunto de nenhuma pauta neste encontro, simplesmente porque a maioria dos centros pertencia a escolas de negócios, e não de tecnologia.

- Ao contrário do que muitos imaginam, apenas as grandes universidades contam com amplos recursos financeiros provenientes de fundos de filantropia. A maioria dos centros não possui recursos suficientes para conduzir suas iniciativas e contam apenas com patrocínios pontuais, geralmente eventos como congressos ou seminários ou cadeiras patrocinadas (Endowment Chair of Entrepreneurship).

- As atividades mais comuns conduzidas pelos centros nos Estados Unidos são cursos de empreendedorismo, com currículos primordialmente acadêmicos, como empreendedorismo social (tema mais comum dentre as ofertas de cursos e o mais popular entre os alunos atualmente), empreendedorismo feminino, empreendedorismo internacional, empreendedorismo de minorias, empreendedorismo juvenil, empreendedorismo por aquisições etc. Os centros já estabelecidos já não lançam mais novos cursos, preferindo explorar outras formas de prover a formação empreendedora.

- Dentre estas iniciativas fora de sala de aula, a que se destaca é a competição de planos de negócios, presente em pelo menos 80% dos centros de empreendedorismo americanos. Algumas delas realizam variações, como competições de pitching (discurso de venda da ideia), competições de conceitos de negócios, competições exclusivas para equipes multidisciplinares e competições temáticas, em áreas como social ou tecnológica. Em todos os casos, apesar do forte apelo de investidores e empresas interessadas em aproveitar as ideias que saem destas competições, o intuito principal delas é o aprendizado do aluno por meio da experiência prática. A Rice University constatou que os alunos que participam dessas competições valorizam o aprendizado, a mentoria e os contatos realizados, confirmando o alto valor que as competições criam como atividade complementar oferecida pela escola.

- Outras ideias que os centros colocam em prática para desenvolver competências empreendedoras incluem programas de estágio em empresas de médio porte e o peer mentoring, no qual alunos passam um ou mais dias ao lado de empreendedores bem-sucedidos, de preferência um ex-aluno da escola, vivenciando o dia a dia típico de um empreendedor. Os chamados Boot Camps estão ficando cada vez mais comuns também. Trata-se de um programa de imersão que pode durar de um dia a uma semana, no qual os alunos ficam em um lugar fora do campus e, além de aulas de projetos em grupo, recebem também palestrantes empreendedores.

- Como técnicas de ensino, várias ideias inovadoras foram apresentadas, como aulas dadas em duplas (sempre um professor e um empreendedor juntos); uso de técnicas teatrais para desinibir os alunos, em que os estudantes aprendem a criar o roteiro, desempenhar os papeis e preparar toda a montagem; aulas com turmas heterogêneas, com alunos de cursos diferentes; e técnicas de vendas e negociação, normalmente negligenciadas em programas acadêmicos.

Apesar de estarmos em menor número, nossos centros deixam pouco a dever com relação aos centros de empreendedorismo americanos. Os propósitos são os mesmos, e as ofertas, muito similares. As principais diferenças estão na forma de condução destas iniciativas, pois, enquanto nos Estados Unidos os esforços dos centros estão mais voltados para instrumentalizar os futuros empreendedores com técnicas, contatos e experiências, aqui no Brasil ainda estamos preocupados com o despertar de uma visão em que o empreendedorismo é o principal caminho rumo ao desenvolvimento econômico de uma nação e a real oportunidade de uma bem-sucedida carreira profissional.

* Marcos Hashimoto é professor de empreendedorismo do Insper, consultor e palestrante (www.marcoshashimoto.com)

Pense no seu funcionário como aliado para inovação


Ser empreendedor significa inovar sempre. Não só no começo, quando as ideias para um novo negócio surgem com força total, mas a todo momento e procedimento da empresa. Segundo estatísticas da Confederação Nacional de Indústria (CNI), apenas um terço das empresas nacionais utiliza algum tipo de prática inovadora em sua gestão. Dados da pesquisa Global Entrepeneurship Monitor de 2009 relevam que 83,5% dos empreendedores iniciantes não pensam em inovar, enquanto apenas 11% deles consideram oferecer algum tipo de novidade ao mercado.

Talvez por imaginar que “inovar” seja algo muito técnico, caro e trabalhoso , o empreendedor esteja entre os 83,5% que não pensam em inovação.

A revista Inc. pensou em oito maneiras e cases diferentes para incentivar inovação dentro do seu negócio. E melhor ainda. Fazendo uso de aliados que você já tem lá dentro: os trabalhadores contratados.

1. Permita que todos possam ser designers

Diante de uma situação de bloqueio criativo coletivo, a empresa de acessórios para pets, West Paw Design, propôs a realização de um concurso entre todos os funcionários da empresa. Eles foram incentivados a dedicar uma tarde inteira para concepção e produção de protótipos de novos produtos. Assim foi criado um novo setor na empresa, dedicado ao desenvolvimento de produtos.

2. Deixe tempo livre para pensar
A empresa Bright House revelou à Inc que, para permitir o crucial “tempo de reflexão”, além de férias que beiram cinco semanas, os funcionários da equipe têm direito a cinco days off para visitar locais propícios à concentração e imaginação - para os neurônios respirarem.

3. Encorajar riscos
A mesma empresa criou um dia inteiramente dedicado a arriscar: todos os empregados são encorajados a fazer alguma coisa que consideram nova e desafiadora. Pode ser um simplesmente uma apresentação para uma plateia grande , para quem é mais reservado ou tímido, ou até a prática de algum esporte radical. Para o CEO da empresa, Joey Reiman, isso é chamado de “possibilitarismo”, ou seja, tudo é possível.

4. Novos softwares para compartilhar novas ideias
Percebendo a timidez que predominava entre os funcionários na hora de expor ideias, a empresa de sistemas solares El Cajon, da Califórnia, decidiu começar a usar uma ferramenta de compartilhamento on-line, semelhante a um fórum.

5. Concursos para buscra novos talentos
Em 2007 a empresa La Jolla percebeu a falta de profissionais estilistas qualificados e especializados em moda surf. Por isso criou um concurso para adolescentes que têm afinidade com o tema e promove todos os meses de setembro um desfile em que jurados e audiência escolhem o canditado preferido. O sortudo que prova ser criativo e inovador ganha um estágio na empresa, bolsa de estudos de US$ 4 mil e menção na revista Teen Vogue.

6. Compensar ideias que valem muito
Quando um estudante sugeriu a seu chefe, Joel Spolsky, colunista da revista Inc., que anúncios de empregos fossem divulgados no blog da empresa, ninguém esperava que a ideia realmente seria bem sucedida - ainda assim mais de um milhão de usuários acessaram a página. Spolsky ofereceu ao funcionário uma parte dos lucros gerados com a ação, além de efetivá-lo no quadro fixo da Fog Creek.

7. Novo projeto exige novo time
A InnovationLabs, empresa da Califórnia, tem apenas quatro diretores como funcionários fixos – isso porque, a cada novo projeto, um novo time é reunido para executá-lo. Diversos tipos de profissionais, como professores de administração, webmasters, cientistas, entre outros, são contratados e têm a liberdade para trabalhar da maneira que quiserem - a empresa é contra “dizer o que fazer”.

8. Reservar 10% da equipe para inovação
Para o fundador da empresa Intuit, Scott Cook, a chave para encorajar inovação é permirtir que o funcionário seja o mais criativo possível. Por isso ele incentiva que os gerentes, administradores e supervisores reservem cerca de 10% dos empregados para inovação e novas ideias.

Contrate a pessoa certa

Trabalhar com uma equipe que compartilhe os mesmos valores e conceitos é fundamental para atingir o sucesso empresarial. Delegar tarefas a pessoas de confiança auxilia o trabalho do empreendedor, que pode se dedicar à elaboração de novos projetos para o negócio. Mas nem sempre é possível saber se o funcionário recém-contratado irá corresponder às expectativas e se adaptar à empresa.

O processo seletivo realizado para avaliar os candidatos que concorrem a uma vaga deve ser bem elaborado. Para isso, o empreendedor não deve contratar pessoas com quem simpatize em um primeiro contato ou que ache que pode trazer bons resultados. É preciso determinar quais são as habilidades exigidas desse futuro profissional e analisar se esse candidato será capaz de agregar valor e se adequar à cultura da empresa.

Para auxiliar o empreendedor, a revista Entrepreneur divulgou uma lista com dicas essenciais para os momentos de contratação.

1. Invista em um processo seletivo eficiente – Criar um processo seletivo capaz de avaliar todas as competências e habilidades exigidas para um posto é fundamental. É preciso ter paciência para acompanhar a evolução do processo. A rápida contratação de um profissional pode trazer prejuízos futuros, uma vez que seus valores podem diferir da cultura do negócio.

2. Analise os valores e a personalidade do candidato – Observe o perfil dos profissionais que concorrem ao cargo. Isso ajuda a avaliar se ele irá se adaptar ao novo ambiente de trabalho.


3. Realize diversas entrevistas
– Conversar várias vezes com os candidatos à vaga faz com que o empreendedor conheça cada vez mais esse profissional. Para analisar as diversas etapas, é aconselhável que gestores, representantes do RH e futuros colegas de trabalho participem do processo seletivo.


4. Faça perguntas consistentes
– Elaborar uma boa pauta de perguntas faz com que o empreendedor avalie o perfil do candidato, suas competências e habilidades e os seus valores.


5. Peça aos candidatos para completar as avaliações de personalidade
– Solicitar aos candidatos que contem sobre sua rotina e projetos e o que pensam sobre sua personalidade contribui para a definição dos valores de cada um deles.


Fonte: Papo de Empreendedor

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