5 dicas para promover o bem-estar no trabalho

Não há muito o que discutir: funcionários saudáveis produzem mais, faltam menos e geram menos gastos com plano de saúde. Mesmo que o empreendedor não tenha grandes recursos para aplicar no bem-estar dos seus empregados, há diversas atitudes que pode tomar para valorizar a saúde da equipe. Confira dicas compiladas pela revista Inc.

1. Valorize o exercício físico. Transforme sua empresa em um espaço ativo. Se você pode fazer reformas, considere construir um espaço para armazenar bicicletas. Ou ofereça um vestiário para os funcionários que queiram malhar na hora do almoço. Se não consegue fazer mudanças estruturais, implemente um grupo de caminhada e ofereça incentivos aos empregados participantes. Faça uma parceria com a academia do bairro.

2. Informe. Almoços e seminários são oportunidades para ajudar os funcionários a aprender mais sobre hábitos saudáveis. Traga especialistas que possam ensinar receitas, como manter hábitos saudáveis em viagens e maneiras rápidas de lidar com o estresse. Se você dispuser do espaço, contrate um professor de ioga ou ginástica para aulas na hora do almoço.

3. Invista em incentivos. Programas de incentivo oferecem prêmios – financeiros ou não – aos funcionários que mantêm hábitos saudáveis. Uma maneira de fazer isso é cobrir uma parcela maior do plano de saúde dos funcionários que batem algumas metas, como taxa de açúcar no sangue e pressão saudáveis.

4. Dê opções para aplacar a fome.
No trabalho, quando bate aquela fome, é fácil pegar o que está mais perto. Por isso, ofereça aos empregados lanches como frutas secas, suco e nozes, no lugar de refrigerantes.

5. Fique de olho na saúde mental. O estresse pode estar ligado a doenças do coração, pressão alta e distúrbios do sono. No trabalho, pode levar a ineficiência, insatisfação com a função e faltas. Considere oferecer auxílio a funcionários que tenham problemas financeiros, estresse ou depressão. E encoraje os empregados a fazer pausas durante o dia para caminhar, conversar com um colega ou tomar um ar fresco do lado de fora do prédio.

Como abrir uma empresa sem abandonar a carreira

É comum, no início de um negócio, o dono fazer dupla jornada e se tornar empreendedor sem abandonar a carreira. Conciliar a vida de funcionário com a de empreendedor não é fácil, mas pode ser uma boa alternativa até a empresa decolar. Arnold Sanow, autor do livro You Can Start Your Own Business (Você Pode Começar seu Negócio Próprio, ainda sem tradução para o português), dá dicas que vão fazer da sua start-up um sucesso e que o deixarão tranquilo para pedir demissão na hora certa. Confira:

Envolva sua família: mesmo que tenha funcionários, lembre-se de que seu tempo é escasso. Às vezes será difícil dar conta do volume de trabalho. Por isso, conte com a ajuda de familiares nos momentos mais delicados. Seja para atender telefonemas, despachar mercadorias ou colocar o escritório em ordem, ter a contribuição de pessoas próximas e de confiança é uma boa maneira de cumprir mais tarefas em menos tempo.

Esteja pronto para abrir mão dos momentos de lazer: durante esse período, esqueça as horas de lazer. Todo o tempo livre deve ser investido no novo negócio. Esteja certo de que o sacrifício valerá a pena. Caso contrário será penoso abdicar, mesmo que temporariamente, de hobbies antigos. Se você estiver infeliz com a nova rotina, os efeitos serão sentidos no trabalho e no negócio.

Mantenha o profissionalismo: quando estiver no trabalho, foque no trabalho. Não permita que pensamentos sobre seu negócio o distraiam. Não falte ou saia mais cedo por causa de eventuais problemas na sua empresa. Jamais use equipamentos da companhia em que trabalha em benefício próprio.

Cada minuto é precioso: disponibilize 15 minutos do almoço para fazer ligações importantes. Use e-mail para se comunicar a qualquer hora com clientes. O tempo no metrô ou em aviões pode ser utilizado para colocar a leitura de documentos em dia.

Seja honesto: você melhor do que ninguém saberá avaliar se deve ou não contar para seu chefe sobre a dupla jornada. Desde que não interfira no trabalho, há gestores que não se importam com o que os funcionários fazem nas horas vagas. Em muitos casos, é melhor ser honesto do que deixar o chefe com a sensação de que você esconde algo.

http://bit.ly/hjXXjG

O funcionário que copiava

Saiba como se defender da concorrência de empregados, clientes, fornecedores e terceirizados que resolvem oferecer os mesmos produtos e serviços que os seus

Por Sérgio Tauhata
Revista PEGN

A revelação, feita por colegas da área, foi um choque para a empreendedora Márcia Freyberger. Ainda sem acreditar, ela pediu a amigas que se passassem por clientes para checar a informação. Era verdade. Uma funcionária de sua empresa, a paulista Madri Festas, especializada em recreação infantil, não só havia aberto uma operação rival às escondidas como tinha copiado todos os seus métodos de trabalho. Após investigar mais, descobriu que ela ainda furtava peças para uso nos eventos concorrentes. “Meu material estava sumindo. No começo, não associei uma coisa à outra. Achei que podíamos ter esquecido itens em locais onde tínhamos estado. Mas acabamos por desmascará-la. Fiz até BO (boletim de ocorrência), aconselhada por meu advogado”, diz. No fim, a desonestidade não prosperou: a ex-contratada acabou por fechar o empreendimento sem conseguir muitos clientes, segundo Márcia apurou com conhecidos do mercado.

A Marte Rótulos Especiais, também de São Paulo, viveu um drama semelhante ao da Madri. Um vendedor, seduzido pela chance de ganhar mais, tornou-se sócio de uma concorrente também do ramo de impressão de rótulos e adesivos. No entanto, em vez de sair do trabalho e abraçar o novo desafio, preferiu continuar no emprego. Passou dois anos no jogo duplo: fechava negócios tanto para sua empregadora quanto para ele. Ao ser descoberto, foi demitido por justa causa. Mas o ex-funcionário continua até hoje à frente da gráfica rival.

Casos como o da Madri e da Marte são mais comuns do que se imagina. Funcionários, fornecedores e até clientes podem ceder à tentação de tomar inspiração no sucesso de um negócio. Até aí, tudo bem. O problema começa quando se copia descaradamente. Ou quando são usados dados sigilosos de um patrão (ou ex) para obter vantagens de mercado, como roubar contratos e ideias.

A empresa lesada pode recorrer à Lei de Propriedade Industrial, que prevê punições para a concorrência desleal, com reparações materiais e penas de três meses a um ano de detenção. “Qualquer prática desonesta relacionada ao comércio ou ato danoso praticado por alguém no âmbito dos negócios podem ser enquadrados nesse gênero”, afirma Mauro Sodré Maia, procurador-geral do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi). Mas para ganhar uma indenização é preciso reunir provas, como documentos, e-mails e testemunhos de clientes. E se preparar para uma longa batalha jurídica.

No Brasil, as leis de patentes e de direitos autorais preveem proteção para marcas, produtos, obras culturais, softwares, desenhos industriais, design gráfico e de objetos. Ideias, métodos e sistemas, por outro lado, não têm salvaguarda. Na prática, significa que, em nome da livre concorrência, é possível copiar um conceito, como abrir um estabelecimento nos mesmos moldes de outro já existente.

Para Maia, as empresas precisam se antecipar aos problemas se quiserem se proteger. “O empregador tem de estabelecer no contrato de trabalho todas as condições da relação com o funcionário, inclusive o tratamento do conhecimento que este venha a produzir.” Se o empregado não tiver sido contratado especificamente para desenvolver um produto, pode ganhar direito de ser coautor de uma patente.

O advogado Carlos Max Oliveira da Silva, especialista em propriedade intelectual do escritório Montaury Pimenta, Machado & Vieira de Mello, acrescenta que os contratos com funcionários, terceirizados e fornecedores devem prever cláusula de proteção. “A empresa pode incluir nos documentos um texto no qual proíbe o uso de seu capital intelectual ou de qualquer informação sobre seu negócio para fazer concorrência. Algumas companhias estabelecem até períodos de quarentena remunerada para seus executivos não abrirem negócios rivais ou se transferir.”

A segurança jurídica, entretanto, não é a única maneira de lidar com esse tipo de problema. Com 12 anos de mercado e uma média de 70 eventos por mês, a Madri Festas acostumou-se a ver suas ideias plagiadas. “Nossa exposição é muito grande. Inventamos o Teatro Livro, que é uma peça encenada dentro de um livro-cenográfico gigante, e em poucos meses vi um produto igual aparecer no mercado”, diz Márcia. Como é impossível evitar que os concorrentes se inspirem nas novidades, ela encontrou na rápida reciclagem das brincadeiras a melhor maneira de compensar a falta de proteção.

Após o episódio da ex-funcionária concorrente, Márcia passou a estimular o empreendedorismo interno. Ela incentiva e orienta os colaboradores que desejam abrir seus próprios negócios na área. “Melhor ter um amigo que um competidor”, afirma.

Home office: 10 dicas para melhorar seu escritório doméstico


O home office é uma alternativa cada vez mais comum entre profissionais. A nova organização da economia está indo cada vez mais nesta direção, e é cada vez mais freqüente encontrar exemplos de pessoas bem-sucedidas nas suas atividades profissionais executadas parcial ou totalmente a partir de um escritório doméstico.


Se você já tem o seu home office, que tal melhorá-lo? Um pouco de revisão e planejamento pode tornar o seu ambiente profissional doméstico muito mais efetivo, sem perder as vantagens de trabalhar dentro de casa.

Veja abaixo 10 dicas para compor o escritório ideal na sua casa ou apartamento, e acrescente suas próprias dicas nos comentários!

  1. Pare para pensar no seu ambiente: é iluminado? Arejado? A temperatura é aceitável? Como está o isolamento acústico? Um painel colorido, uma cortina, uma janela aberta, uma luminária, um espelho grande na parede, um quadro, um relógio na parede, um circulador ou um quadro de avisos (mesmo que seja para você mesmo) podem lhe fazer avançar vários pontos no conforto ambiental.


  2. Alimente-se melhor: já que você trabalha em casa, aproveite: estruture seu horário de forma a poder ter um bom café da manhã, e um almoço caseiro várias vezes por semana. Estruture-se, organize-se, aprenda a comprar os ingredientes certos e a congelar pratos, se necessário. Sua saúde agradece, a qualidade de vida comemora, e até o bolso pode ficar feliz! Nos dias de pressa, saiba acelerar a comida!
  3. Redistribua os móveis e objetos: Eu já disse antes, mas vou repetir a dica: pense no modelo adotado por um piloto de avião comercial: os instrumentos mais importantes para seu trabalho estão localizados exatamente à frente da sua posição usual de trabalho, e os demais ficam dispostos radialmente a partir deste núcleo, de modo que ele se desloca o mínimo possível para realizar seu trabalho. Não esconda dentro de armários distantes as ferramentas que você usa no dia-a-dia, nem desperdice o espaço das áreas mais nobres à frente da sua posição de trabalho.



    Remova móveis e fuja do aperto!

  4. Fuja do aperto: ao redistribuir os móveis, preste atenção: há mobília no seu espaço de trabalho que você não usa para trabalhar? Que tal tentar movê-la para outro local, dando mais espaço para a sua atividade profissional? Verifique também se sua mesa, cadeira, estante, arquivo ou monitor não são menores do que deveriam ser para permitir o trabalho com conforto e organização – e planeje sua substituição, se necessário.
  5. Acorde mais cedo: acordar cedo vale a pena, e fica mais fácil se você desenvolver o hábito de dormir bem. Um pequeno truque pode ajudar!
  6. Atitude ecológica: vá tão longe quanto for possível e prático. No mínimo, reuse os clips e folhas de papel, apague as luzes ao sair, e desligue os equipamentos quando não estiverem em uso!

  7. Arquive direito os documentos: Para ter um escritório pessoal em que as coisas não somem, no mínimo, você precisa de gavetas e de uma boa estrutura de arquivamento organizado de documentos e papéis em geral. Se quiser fazer apenas o essencial, um arquivo de pastas suspensas econômico, com estrutura em plástico ou aramado, custa menos de R$ 50 nas papelarias, e continua sendo útil por anos e anos a fio. Uma boa estrutura inicial é considerar uma pasta para cada um dos projetos em que você estiver envolvido, e mais algumas pastas extras para arquivamento das suas categorias de materiais de referência.

  8. Organize os cabos: eu já compartilhei a minha receita para manter os cabos sempre no lugar, acessíveis e fora do meu campo visual, mas você pode fazer algo similar gastando ainda menos, com alguns fixadores feitos de nylon ou velcro que você encontra em lojas de utilidades domésticas.

  9. Atenção às telecomunicações: Comunicar-se com clientes, parceiros e fornecedores exige um telefone, e eventualmente um fax. Considere avançar na digitalização, usando bem recursos como VoIP (incluindo Skype e similares, mas também serviços mais complexos), e-mail e web. Mas se você trabalha sozinho, ter uma secretária eletrônica (virtual ou não) e um aparelho telefônico que permita circular livremente e manter as duas mãos disponíveis é essencial. Eu recomendo um telefone sem fio com secretária eletrônica digital, identificador de chamadas e entrada para fone de ouvido/microfone – é suficientemente barato, você não perderá mais nenhum recado ou oportunidade de retornar a ligação, e poderá andar pela casa falando, com ambas as mãos livres, quando necessário. Este modelo da Panasonic tem até ramal interno sem fio, para transferir ligações entre cômodos da casa, mas existem modelos bem mais econômicos. O meu é um Panasonic KX-TG2935-LB.
  10. Considere a ergonomia: evite a tendinite e os problemas de visão! Coloque a mesa e a cadeira na altura e posição certa, evite sombras e brilhos excessivos, posicione bem o monitor, o teclado e o mouse, e faça pausas regulares, no mínimo.

Em busca de ideias geniais


Ele ajudou a criar o PayPal e foi um dos fundadores do YouTube. Agora, tem uma empresa de venture capital, a YouUniversity. Aqui, Jawed Karim, 31 anos, conta como é conquistar — e viver — o sucesso

Marisa Adán Gil

Aos 16 anos, Jawed Karim criou um sistema de e-mails para a escola em que estudava, o St. Paul’s School, em Minnesota (EUA). Dois anos depois, montou o site do laboratório de bioquímica da Universidade de Minnesota, onde sua mãe trabalhava. Mais tarde, cursando a Universidade de Illinois, seria convidado para trabalhar na PayPal. Mas a carreira meteórica do rapaz de origem alemã e criado nos EUA estava apenas começando.

Após a venda da PayPal para o e-Bay, em 2002, ele decidiu empreender. Em uma troca de ideias com os amigos Chad Hurley e Steven Chen, teve uma ideia tão simples quanto genial: criar um site onde as pessoas pudessem compartilhar vídeos de todos os tipos e procedências. Coube a Hurley e Chen transformar o YouTube em um dos maiores fenômenos da internet — Karim, que ficou com uma participação minoritária, tinha outros planos: estudar ciência da computação em Stanford. A venda do YouTube para a Google, em 2006, por US$ 1,65 bilhão, pegou Karim de surpresa — mas, mesmo com um lote menor de ações, ele embolsou US$ 64 milhões.

Então, ele partiu para seu empreendimento mais pessoal: a empresa de venture capital YouUniversity Ventures, que investe em negócios virtuais. Em novembro, Karim participou do evento “Silicon Valley — What’s Your Innovation”, organizado pelo Centro de Empreendedorismo da FGV-EAESP e pelo Fórum de Inovação, com patrocínio da Bric Chamber, e deu a seguinte entrevista a Pequenas Empresas & Grandes Negócios:

De onde vêm as boas ideias?
As melhores ideias de negócios vêm de uma necessidade pessoal. É algo em que se está muito interessado, ou mesmo apaixonado. Foi o que aconteceu no caso do YouTube. Eu estava no computador, tentando encontrar vídeos de dois acontecimentos marcantes de 2004. Um era a apresentação da Janet Jackson no show do Super Bowl, quando ela ficou com o seio de fora. O outro era o tsunami na Ásia. Descobri que era bem difícil achar essas imagens. Daí eu e meus colegas pensamos: e se criássemos um site onde as pessoas pudessem compartilhar vídeos? Foi assim que tudo começou.

Depois de criar o YouTube, você decidiu deixar seu cargo na empresa e voltar à faculdade. Por quê?
Eu não deixei a empresa totalmente, já que passei a atuar como consultor. Mas eu queria mesmo é estudar. Me vejo como alguém que gosta de trafegar em vários campos. Não sinto necessidade de ficar preso a uma empresa.

Como é ser jovem, bem-sucedido e milionário?
O melhor de ser milionário é que isso te dá mais exposição. Você tem acesso fácil e rápido a um grande número de pessoas, já que seu talento para empreender está comprovado. Mas existe uma armadilha aí, algo comum entre os jovens empresários do Vale do Silício. O empreendedor cria um negócio de sucesso, vende por alguns milhões de dólares, e daí vem a pergunta: e agora? A pressão para que ele continue empreendendo é grande. Só que, se a empresa seguinte não for maior do que a primeira, ele vai ser considerado um fracasso. E isso é uma grande injustiça. Essa é uma das razões por que não me vejo abrindo uma companhia depois da outra. Não quero essa responsabilidade para mim.

Por que você decidiu fundar o YouUniversity Ventures?
Para mim, é gratificante conviver com jovens empreendedores. Nosso trabalho no YouUniversity é proporcionar ajuda financeira e consultoria a startups no universo virtual. Até agora, já trabalhamos com 15 empresas. Uma delas é a AirBnB: usando o site, você pode se hospedar na casa de moradores de outros paí­ses. Outra é a Futureadvisor, que dá dicas de investimento a longo prazo.

Como você escolhe as empresas que vai financiar?
A decisão tem muito a ver com marketing. Avaliamos se há mercado para o produto ou serviço que está sendo oferecido. Também presto atenção nos sócios da empresa. Que tipo de pessoas são? Eles têm experiência? São criativos? Considero importante que a empresa tenha um produto ou serviço bem definido, e não apenas um plano de negócios. Alguns empreendedores me apresentam planos de 20 páginas, com previsões de faturamento para os próximos dez anos. Isso não faz sentido. Ninguém sabe o que vai acontecer nos próximos dez anos!

Que conselho você daria para quem está abrindo um negócio virtual?
Você precisa ter certeza de que o que está oferecendo será valioso para as pessoas. Elas vão economizar com o seu produto? Vão ganhar tempo ou dinheiro? Vão se tornar mais produtivas? Se o seu produto ou serviço não for útil o bastante, os consumidores não vão se dispor a pagar por ele. O foco deve ser sempre o público, e não a última novidade hi-tech. Estar atento às inovações tecnológicas é importante, mas não é o que deve determinar os caminhos do seu negócio. O importante é ter uma boa ideia. E isso qualquer um pode fazer.

Você já declarou que empreendedores deveriam aprender a falhar mais e planejar menos. Por quê?
Antes do YouTube, eu abri três empresas diferentes, e todas elas fracassaram. Mas, a cada fracasso, eu ia aprendendo novas lições, e assim fui me tornando um empreendedor mais preparado. Para ser empreendedor, é preciso ter um apetite pelo risco, ter coragem de tentar várias coisas diferentes, até achar o caminho certo.

JAWED KARIM
QUEM É: Formado em ciência da computação por Stanford, participou das fases iniciais do PayPal e foi um dos fundadores do YouTube
O QUE FAZ: Depois que o YouTube foi vendido para a Google, em 2006, ficou milionário e montou a YouUniversity, empresa de venture capital que investe em negócios virtuais
www.youniversityventures.com

Marketing invisível: alternativa inteligente ou falta de ética?

Marketing invisível: alternativa inteligente ou falta de ética?

Posted: 06 Jan 2011 10:58 AM PST

the-joneses

Desde 24 de dezembro, o filme “Amor por Contrato” (o título original é The Joneses) está em cartaz nos cinemas brasileiros – e eu aproveitei a folga de final de ano para assistir. Sem muitas informações sobre o enredo, eu lembrava apenas que um estilo de vida dito perfeito era o ponto central. Depois de algumas cenas, fica claro que o tema chave é o marketing invisível.

A família perfeita, protagonizada por Demi Moore e David Duchovny, chega a uma nova cidade para morar em uma casa luxuosa, com todos os itens necessários para levar uma vida confortável. Com charme e simpatia de sobra, eles conquistam rapidamente a vizinhança, que começa a desejar tudo que eles promovem, invisivelmente, com o estilo de vida encenado – desde carros e celulares até bebidas e comidas congeladas. A “família perfeita” é formada por vendedores profissionais e foi montada e contratada por uma empresa especializada nesse tipo de serviço.


O marketing invisível é novidade pra mim – mas com certeza já passei por situações em estava presente. Ele existe para substituir formas comuns de publicidade, já que o consumidorsente-se bombardeado por anúncios atirados de todos os lados: nas páginas das revistas, aplicativos de celular, vídeos na internet, páginas de busca… Por isso algumas marcas optam por esse tipo de propaganda – que não parece propaganda de verdade. Além de tudo, o marketing invisível tem um apelo mais humano para promover um certo serviço ou produto: as pessoas costumam confiar em pessoas, mais do que em cenas forçadas ou fotos posadas. Esse tipo de promoção é diferente do merchandising, que é mais explícito e objetivo.


Várias maneiras de marketing invisível são possíveis: uma atriz famosa que é clicada por paparazzi usando chinelos de uma marca famosa; blogueiras influentes na área de moda e beleza que elogiam produtos específicos nos seus sites; ou, na mais extrema e organizada das situações, o caso de empresas que montam situações, “famílias” e um estilo de vida para promover uma série de produtos.


Mas aqui fica a questão, o marketing invisível é ético? Ou uma maneira de enganar o consumidor? Você, empreendedor, o que acha?


Fonte: http://www.papodeempreendedor.com.br/

5 dicas para começar o ano lucrando

Aproveite o início de 2011 para organizar seus investimentos e optar pelas alternativas mais rentáveis

Por Elisa Campos
Shutterstock
Em 2011, a bolsa deve se recuperar

As festividades de fim de ano já acabaram, mas o clima de ressaca ainda continua. É a hora de aproveitar o cochilo da concorrência para começar 2011 no lucro. Preparamoscinco dicas para ajudar você a conseguir o maior rendimento possível para os seus investimentos.

>>>Consultor dá dicas para controlar finanças

1. Setores mais promissores

A bolsa de valores terminou 2010 com alta modesta de 1,04%. O índice, no entanto, foi muito prejudicado pelo desempenho das ações da Petrobras, que despencaram 24% com as incertezas em virtude de sua capitalização. Para 2011, a Bovespa deve continuar oscilando ao sabor do cenário internacional, mas os analistas concordam que a valorização deve ser maior. Dentre as empresas listadas na bolsa brasileira, alguns setores devem se destacar neste ano:

Financeiro - Com a tendência de alta da Selic para combater a inflação, os bancos devem ser beneficiados. “O setor financeiro está bem protegido contra o aumento dos preços, além de sair ganhando com a maior remuneração pelos títulos públicos decorrente da elevação da taxa básica de juros”, afirma Eduardo Velho, economista-chefe da Prosper Corretora. Neste contexto, papéis de grandes bancos como Bradesco, Itaú e Banco do Brasil são boas opções

Varejo - O consumo interno deve continuar ditando o ritmo do crescimento da economia brasileira. Ações de companhias como Pão de Açúcar, Gol e Brasil Foods podem render bons resultados. “A demanda por alimentos está muito alta. Com a ampliação da classe C, restrições orçamentárias acabaram caindo”, diz Ricardo Rocha, professor de finanças do Insper.

>>>Cinco programas gratuitos para organizar suas finanças

Infraestrutura – Com a Copa do Mundo e as Olimpíadas batendo à porta, 2011 será um ano agitado para o setor de infraestrutura. Papéis do setor, como o da CCR, devem se valorizar. É preciso tomar cuidado, no entanto, com o segmento imobiliário. “O setor está crescendo de forma irreal. Há uma bolha. Os preços vão cair eventualmente. Não recomendaria investimento neste setor”, diz Samy Dana, professor de economia da FGV- EESP.

Commodities – Com a recuperação da economia chinesa, as commodities continuam a ser uma aposta interessante. “Há uma demanda feroz da China por esses produtos”, afirma Pedro Galdi, analista-chefe da corretora SLW. Vale e especialmente a Petrobras, que está com o preço de seus papéis bastante defasados, continuam a ser as preferidas dos investidores. Segundo avaliação da SLW, as ações da petrolífera têm potencial para alta de 48% em 2011

As maiores oscilações da Bovespa em 2010
AçãoAlta (%)AçãoQueda (%)
Souza Cruz ON65,80ALL ON51,60
Ambev PN50,80B2W ON33,90
Lojas Renner ON47,80Fibria ON32,20
Braskem PNA44,70Telemar PN27,50
Natura ON36,70Brasil Telecom PN24,60
Ultrapar PN34,90Petrobras ON24,30
Sabesp ON30,40Petrobras PN23
Embraer ON28JBS ON22,80
CPFL ON25,70Telemar PNA21,90
CCR ON23,20Gerdau PN21,70
Fonte: SLW


2. Planejamento

A bolsa é a opção de investimento que oferece as oportunidades de maior rendimento do mercado. Em contrapartida, é uma modalidade que envolve alta dose de risco. No longo prazo, no entanto, esse risco é bastante diluído. “Quem vai investir na bolsa deve pensar em um horizonte de pelo menos dois anos para deixar o dinheiro aplicado”, afirma Rocha, do Insper. Por isso, o ideal é investir em ações uma quantia que não lhe fará falta no curto prazo. Quem não pode perder dinheiro deve pensar em outras alternativas.

>>>Ouro lidera ranking de investimentos em 2010

3. Diversificação

Mesmo para os investidores mais agressivos, não é aconselhável deixar todo o dinheiro investido na bolsa. O ideal é dividi-lo entre outras aplicações, equilibrando opções de maior risco com aquelas de menor. O raciocínio é simples. Eventuais perdas podem ser compensadas por ganhos em outras modalidades. O mesmo princípio vale para a bolsa. Escolha papéis de setores diferentes e sempre aposte em diversas empresas.

>>>Analistas recomendam CDBs e Tesouro Direto em 2011

4. CDB e Tesouro Direto

Fora da bolsa, os especialistas destacam dois tipos de aplicações para este ano: os CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) e o Tesouro Direto. Os CDBs são títulos que acompanham a rentabilidade do CDI , a taxa média de juros para empréstimos entre os bancos. Com a crise do Panamericano, os bancos médios têm oferecido rendimentos maiores para os CDBs. Medidas de aperto monetário, como o aumento do compulsório, também devem estimular as instituições financeiras a oferecerem taxas mais favoráveis para captar recursos.

O Tesouro Direto, programa do governo federal para a venda de títulos do Tesouro para pessoas físicas, também surge como uma boa opção. Além de oferecer papéis seguros, as taxas de administração, quando cobradas, costumam ser inferiores às arrecadadas pelos bancos nos fundos de investimento. “Os papéis NTN-B, que rendem o IPCA mais um percentual de juros por ano, são ótimos para proteger da inflação”, diz Rocha. “O Tesouro Direto é uma melhor opção do que os fundos para comprar papéis do governo, já que o investimento é o mesmo, mas se paga taxas de administração mais baixas”, afirma Dana, da FGV.

5. Pesquisa de taxas

Ao optar por qualquer modalidade de investimento, é essencial pesquisar em bancos e corretoras todas as taxas que serão cobradas do investidor. Se por comodidade for optar pelos fundos de investimentos vendidos pelos bancos, é preciso redobrar a atenção.“No caso dos fundos, taxas de administração superiores a 1% podem prejudicar muito a rentabilidade do investimento”, afirma Dana. Em casos de tarifas de 4% ou 5% ao ano, muitas vezes a rentabilidade da poupança acaba sendo mais vantajosa que a do fundo. Uma das grandes vantagens do Tesouro Direto é exatamente o oferecimento da isenção desta taxa em algumas instituições financeiras.

Fonte:http://glo.bo/fIw6j1

HIGH TECH OU HIGH TOUCH?!

Conheço alguns parceiros e, até mesmo, clientes que se aparelham das mais novas tecnologias tanto para o uso pessoal, quanto para as suas empresas. São aquisições geralmente caras e, ao mesmo tempo, voláteis. Que serão descartadas com o tempo.

Se vestir de tanta tecnologia neste milênio, é uma ação comum, como dormir e acordar no outro dia. Contudo, o que não podemos esquecer é que toda parafernária digital ou “tech” faz uma grande diferença nos nossos relacionamentos.

Ao mesmo tempo que aproxima, afasta. Já se pegou teclando em seu celular freneticamente enquanto alguém falava do seu lado e você mal sabia para que lado estava a conversa?! Pois bem, é por aí.

E os nossos clientes?! O que fará diferença para eles? Soluções prontas, iguais, produzidas em poucos minutos ou aquelas que levam o nosso tempero, jeito e personificação? Será que as empresas mais influentes do futuro serão as movidas à eletricidade, bits e códigos? Serão que são movidas a calor humano?

E o futuro da sua empresa, está baseado em que?! High Tech ou High Touch?!

Para um 2011 que inicia, fica esta reflexão para equilibrar nosso pensamento e ações na vida pessoal e na vida profissional.

Fonte: http://bit.ly/e1nh98

Criar website profissional: 10 dicas para converter visitantes em clientes

Pequenas empresas, profissionais liberais, freelancers e outros trabalhadores autônomos recorrem cada vez mais a criar websites para servir como referência de seus negócios e divulgação para que os clientes que pesquisam na Internet os encontrem.

Assim, de dentistas 24 horas a detetives particulares, de manicure a encanador, de oficinas mecânicas a tele-entregas, não falta interesse em contratar o desenvolvimento e publicação de um website e passar a ser encontrado on-line.

Ter um site ruim pode ser melhor do que não ter site nenhum, mas ter um bom site está ao alcance de todos, bastando tomar alguns cuidados básicos – acessíveis mesmo nestes casos em que o interessado não domina e nem pretende compreender as especificidades do marketing digital.


Só que errar a mão é fácil: o site da minha pizzaria favorita diz que ela abre nas segundas-feiras, mas não abre (toda semana o gerente dá alguma desculpa esfarrapada sobre “estar sem contrato com o webdesigner” para algum cliente que deu com a cara na porta em uma ocasião anterior…), e o do meu restaurante preferido indica na capa o horário de funcionamento especial para o carnaval de 2008, mas não me diz se abre para o jantar nos domingos.

Portanto, se você estiver planejando desenvolver (ou atualizar) um site para o seu próprio negócio, veja a seguir as nossas 10 dicas sobre o que sua página deve ter para aumentar as chences de converter mais visitantes em clientes.

Checklist: um website de qualidade para sua empresa

Não é preciso investir muito – os clientes não procuram seu site para ver arte digital nem tecnologia avançada, eles querem é saber sobre seus produtos, contatos, horário de funcionamento, localização…

Todas as dicas abaixo são independentes de tecnologias avançadas, e nenhuma delas deixa o seu website mais caro de desenvolver ou manter. Discuta-as com o profissional que for fazer o design ou criar o seu website, e faça com que ele tenha respostas satisfatórias para todas elas:

  1. O que você faz? O detalhamento pode vir no interior do site, mas a capa tem que dar informações suficientes. Atacado ou varejo? Atende a região Sul? Que fabricantes você representa? Qual sua especialidade? Só vende, ou dá assistência também? Fornece o material, ou só o serviço? Atende convênios? O cliente em potencial está procurando algo específico (geralmente relacionado aos “4 Ps do marketing”: Produto, Preço, Praça [localização] e Promoção), e se você não responder rapidamente, ele irá procurar (e encontrar) em outro lugar.

  2. Como encontrá-lo? – Você quer que o cliente possa encontrá-lo, fazer perguntas, pedir orçamentos. O cliente quer saber se o seu escritório é perto, qual o horário de funcionamento, se abre aos sábados, o que está em promoção, onde é a assistência técnica, se tem um número 0800, qual o e-mail para pedir uma cotação e receber uma resposta rapidamente. Informações de contato básicas (não esqueça de dizer a sua cidade e um fone com DDD!) são essenciais e devem estar na capa do site (ainda que sem destaque), e não apenas sepultadas em um link no qual 74% dos clientes em potencial não clicam.


  3. Quem você é? Sua página inicial deve ter seu logotipo, seu nome, título e principal forma de contato – tudo em destaque, para ficar evidente até mesmo para quem lê pouco ou mal. Se tiver uma informação relevante sobre o seu histórico ou portfolio, coloque em destaque também. Um subtítulo como “Fornecedor da sinalização do GP Brasil de Fórmula 1 desde 2004″ indica imediatamente para o seu cliente em potencial que ele pode ainda não conhecê-lo, mas alguém sério conhece e confia.

  4. Imagens amadoras – se o seu site for usar imagens para oferecer algum produto ou serviço (bijuterias, eletrônicos, refeições, imóveis, arte, acessórios … – qualquer coisa!), faça com que sejam claras, detalhadas, variadas, completas. Se você quer colocar uma foto da fachada da loja, ou da linha de produtos, é porque elas são importantes. Vale a pena investir em um profissional (ou em recursos profissionais) para obtê-las, pois na hora de vender on-line ou se apresentar para um novo cliente que você não terá outra chance de impressionar, muitas vezes valem mais do que 1000 palavras!


  5. Nada de conteúdo velho – Atualize sempre as informações relevantes, como o horário de funcionamento da loja no feriadão, ou a programação especial do restaurante para o verão. Se você tem uma área de notícias ou registro de eventos, e a atualização mais recente nela é de julho de 2009, remova esta área inteira imediatamente. Se ao invés disso você pedir para alguém inserir uma nova notícia agora só para “movimentar o site”, daqui a 3 meses você estará com este mesmo problema de novo, e o cliente associará a imagem de “ultrapassado” também ao seu negócio.

  6. Sem obstáculos – Animações em Flash, logotipo em 3D girando, telas de abertura, mensagens que se abrem em outra janela tapando o seu conteúdo, janelas em que o usuário precisa clicar OK para prosseguir… Você gosta? Seu cliente não gosta, e esses obstáculos também podem prejudicar a correta indexação do seu site pelo Google. Privilegie o conteúdo que interessa ao cliente.

  7. Estrutura – Divida o conteúdo em páginas de acordo com os interesses dos seus clientes, e não de acordo com as suas atividades internas ou departamentos. Use bem os títulos, destaques, listas e outros detalhes tipográficos – pouca gente lê mais do que 1 parágrafo antes de começar a procurar seu interesse só nos títulos e negritos.

  8. Um mapa e uma busca – Peça ao responsável pelo seu site que desenvolva um Mapa do Site e coloque em todas as páginas uma caixa de pesquisa – ainda que ele tenha que recorrer aos serviços gratuitos de “site search” do Google para implementá-la. A estrutura do seu site, que parece tão clara e óbvia para você (que o conhece integralmente), pode ser complexa para seu cliente.


  9. Harmonia e clareza – Escolha cores sóbrias, fontes comuns e legíveis, imagens bem editadas, padrões agradáveis. Seu site é seu cartão de visitas, e pode ser a sua única chance de começar um relacionamento com os clientes que encontrarem você quando estiverem procurando por serviços similares aos seus no Google. Não perca a chance de causar uma primeira boa impressão – eu jamais daria meu número de cartão de crédito a uma empresa cujo site é todo escrito com fonte Comic Sans amarela tamanho 22, em neon sobre fundo roxo.

  10. Um autor profissional – Lembre dos piores sites dos seus concorrentes, que você já visitou no passado. Sabe o que eles têm em comum? Foram feitos pelo sobrinho, vizinho ou cunhado do dono da empresa, um rapaz brilhante que convenceu a todos que sabe tudo de Internet. E são hospedados em provedores gratuitos ou impossivelmente “baratinhos”, usando domínios também gratuitos. Registre seu domínio, e hospede seu site em um bom provedor de hospedagem! (e temos dicassobre isso também!)

Claro que as dicas acima se referem apenas aos websites profissionais mencionados na introdução – se o seu site for pessoal, um blog ou tantas outras categorias, fique à vontade para dar asas à sua criatividade (de preferência com bom gosto e bom senso aplicáveis ao seu público-alvo) sem medo da Polícia do Design!

E se o site da sua loja favorita não indica o horário de funcionamento, ou o da pizzaria não indica os bairros em que faz tele-entregas, mande o link aqui desta página pelo e-mail de contato indicado lá ;-)

Fonte: http://www.efetividade.net/

O livro bacana do mês (em 2 minutos)

Sonhos e Riscos Bem Calculados, de Fernando Dolabela, Editora Saraiva R$ 29,90, 148 páginas

Redação PEGN

   Divulgação
>A GRANDE IDEIA: Criador de um dos maiores programas de ensino de empreendedorismo do Brasil, Fernando Dolabela teve sua metodologia, chamada de Oficina do Empreendedor, implementada em mais de 400 instituições de ensino no país. O livro funciona como uma introdução ao pensamento de Dolabela, apresentando o leitor ao mundo do empreendedorismo.

>O CAPÍTULO IMPERDÍVEL: Uma das maiores dificuldades do empreendedor é identificar uma boa oportunidade de negócio. No capítulo 8, Dolabela mergulha fundo no tema, ensinando a identificar a boa oportunidade, a reconhecer suas características, a entrar em contato com as suas fontes, e, por fim, a transformá-la em um bom negócio. Leitura obrigatória para qualquer empresário iniciante.

>PASSE PRA FRENTE: Muitas pessoas acreditam que têm o perfil e o potencial necessários para empreender, mas podem estar enganadas. O teste do capítulo 3 dá uma boa pista, com 33 perguntas bem pontuais.

>PASSE BATIDO: No segundo capítulo, o autor se propõe a alertar o empreendedor sobre os riscos que ele pode correr ao iniciar um negócio. Mas, no texto, não ficam claros quais são esses riscos e nem como evitá-los. Dolabela limita-se a discorrer sobre um tópico: como a maneira com que lidamos com o passado pode influenciar o futuro.

>VEREDITO: 8 (nossa escala vai de zero a 10, sendo: 0 = Quem mexeu no meu queijo?; 10 = Empresas feitas para vencer)

Como você faz para se atualizar?

Redes sociais, especializações, eventos, workshops, livros e viagens: saiba o que empreendedores de diferentes áreas estão fazendo para se manter antenados

Redação PEGN
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Como tornar seu negócio ecológico?

O começo é um simples corte de água. No final do caminho, você será um inovador ambiental

por Adriana Wilner e Patrícia Machado http://bit.ly/dYyjcT

Tudo se inicia com uma medida básica, como a redução no consumo de energia e água. Depois, vem a análise do impacto ambiental da empresa. Dá para mudar algum processo sem gastar dinheiro? Sim, sempre dá. É só reaproveitar algum material desperdiçado no ciclo do negócio. Mas algumas atitudes, mais ousadas, exigem aportes de recursos. No final da escala de uma empresa que realmente deseja se tornar verde, é possível até influenciar fornecedores e clientes a também transformarem a sua forma de agir — e inovar. E é possível percorrer esse caminho com corte de gastos, ganho de produtividade e melhor posicionamento de mercado, como mostram os cinco exemplos desta reportagem. “Ser sustentável a partir de um projeto inovador é a chave para fidelizar clientes e ganhar da concorrência”, diz Dorli Terezinha Martins, consultora do Sebrae.


A ESCALA DA EMPRESA VERDE | Cinco passos para salvar a natureza – e a sua empresa

1 – PRÁTICAS BÁSICAS

O que fazer: aprimorar hábitos cotidianos no escritório, como economizar água e energia e usar material reciclado

Exemplo: nas obras do novo prédio da Feitiços Aromáticos, indústria de cosméticos e produtos esotéricos, Raquel Cruz, 41 anos, pensou em como poderia, com ações simples, ajudar o meio ambiente e ao mesmo tempo economizar custos. O projeto posicionou as janelas de forma a privilegiar a entrada de luz natural. Com isso, desde junho, houve uma redução de 40% nas despesas de energia elétrica. A Feitiços Aromáticos passou a trabalhar com coleta seletiva, reutilização de embalagens e optou por papel usado para fazer o preenchimento das caixas de entrega — em vez de plásticos e isopor. Até o final do ano, a empresa terá temporizador nas válvulas de torneira e vasos sanitários, o que, calcula Raquel, irá reduzir em 25% o consumo de água. “Pequenas mudanças de hábito fazem diferença para o bolso e para o meio ambiente”, afirma a proprietária do negócio. A Feitiços Aromáticos fatura anualmente R$ 150 mil e atende mais de dois mil clientes.

2 – MUDANÇAS NO NEGÓCIO SEM INVESTIMENTO

O que fazer: buscar alternativas para reduzir o impacto ambiental sem precisar gastar — como o reaproveitamento de materiais

Exemplo: “Não é preciso investir para ser sustentável. Basta ter boas ideias”. Essa foi a conclusão a que chegou Fernando Boleiz, 43 anos, proprietário da loja de brinquedos de madeira Pipoquinha Brinquedos, há três anos, quando começou a reaproveitar as sobras que eram descartadas durante a produção dos bonecos. No início, 40% da madeira era reaproveitada, hoje são 50%. Esse material foi utilizado para a criação de novos brinquedos e a iniciativa ainda fez Boleiz economizar 7% na compra de matéria-prima. “No começo, achei que esse trabalho seria uma perda de tempo. Mas percebi que uma ação sem complexidade pode melhorar o negócio e o meio ambiente sem exigir gastos”, afirma.

3 – MUDANÇAS NO NEGÓCIO COM INVESTIMENTO

O que fazer: desenvolver projetos e dedicar recursos à redução do impacto ambiental do negócio

Exemplo: assistindo a um noticiário em 2006, Juarez Cotrim, 40 anos, percebeu que precisava agir para que seu negócio, a Cerâmica Luara, deixasse de ser visto como vilão do meio ambiente. Ele então resolveu investir R$ 300 mil em um projeto de substituição de combustível. Os tradicionais fornos a lenha foram desmanchados; e queimadores de biomassa, colocados no lugar. O aporte valeu a pena, pois gerou aumento de produtividade. A Cerâmica Luara, que fatura anualmente R$ 1,6 milhão, passou a produzir 30% mais tijolos com o mesmo custo de 2005. Tornou-se também pioneira no mercado de créditos de carbono. “Me chamaram de louco, quando decidi investir esse valor. Mas isso foi o melhor negócio que já fiz na minha vida, tanto financeira como socialmente”, diz Cotrim. O empreendedor investiu também mais de R$ 30 mil para trocar os cabos elétricos — economizando 20% de energia —, criar barracões ecológicos e ter um sistema de reúso de água da chuva.

4 – FORNECEDOR SUSTENTÁVEL

O que fazer: avaliar a qualidade do material dos fornecedores e criar políticas de incentivo sustentável a essas empresas

Exemplo: há quatro anos, a rede de franquias Patroni Pizza, que fatura anualmente R$ 70 milhões, decidiu substituir o seu principal combustível — a lenha — por um que agredisse menos o meio ambiente. A rede investiu R$ 600 mil para que o seu fornecedor começasse a trabalhar com briquetes, subproduto da manipulação da madeira. “Precisei mostrar ao nosso fornecedor que o briquete era uma fonte rentável de negócio”, diz Rubens Augusto Junior, presidente da Patroni Pizza. A mudança permitiu uma economia de R$ 150 mil por mês, pois o novo material pode ser facilmente armazenado e proporciona maior higiene nas lojas. “Esse investimento gerou um valor agregado maior aos nossos produtos”, afirma Junior.

5 – INOVAÇÃO ECOLÓGICA

O que fazer: desenvolver produtos com baixo impacto ambiental que proporcionem um diferencial no negócio

Exemplo: um investimento de R$ 20 mil em 2009 permitiu à rede de franquias Lavasecco se destacar da concorrência. A inovação veio da substituição dos tradicionais cabides feitos de madeira, arame e plástico por similares ecológicos produzidos com papel. “Ações como essa fazem o consumidor perceber quais são os princípios da empresa e preferir o nosso trabalho”, diz Alessandra Oricchio, gerente de marketing da Lavasecco, que tem um faturamento anual de R$ 6 milhões. A rede desenvolve também um trabalho de conscientização dos clientes. Ao perceber que muitos esqueciam o porta-tíquete de plástico e jogavam as embalagens de proteção da roupa no lixo, a Lavasecco criou um porta-tíquete de papel, passou a envolver mais peças em uma mesma embalagem e criou sacolas retornáveis. Todo esse projeto recebeu um investimento de R$ 30 mil.

Foram consultados para esta reportagem Cláudio Tieghi, presidente da Afras; João Gilberto Azevedo, gerente de comunicação e mobilização do instituto Ethos; Dorli Therezinha Martins, consultora do Sebrae; Roberta Cardoso, professora da FGV-EAESP; e Isak Kruglianskas, professor da FEA-USP

DE OLHO NAS LEIS | Não param de surgir leis para estimular, ou mesmo obrigar, as empresas a contribuírem com o meio ambiente. Empreendedores que se adiantam e adotam desde já práticas verdes terão vantagem. A seguir, as últimas mudanças – e seus impactos.

POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Sancionada em agosto deste ano, a lei estabelece regras para o recolhimento de embalagens usadas. Além disso, fabricantes, distribuidores e importadores ficam obrigados a responder pelo ciclo de vida e descarte correto de diversos produtos, como resíduos e embalagens de agrotóxicos, pilhas, baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas e eletroeletrônicos.

LEI DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS
Desde junho, o estado de São Paulo prevê que até 2020 deverá haver redução de 20% das emissões dos gases de efeito estufa. A lei institui metas de diminuição de poluentes para diversos setores e a elaboração de programas — desenvolvidos com o setor empresarial — voltados para a inovação tecnológica.